A Doença Renal Crônica (DRC) é caracterizada como dano renal ou diminuição da taxa de filtração glomerular para volumes menores que 60 mL/min/1,73 m² por um período de três meses ou mais. Por se tratar de uma doença crônica, a DRC tem altos custos com tratamento, e além disso pode provocar o aparecimento de comorbidades, exigindo muitos cuidados para com o paciente, bem como o autocuidado. Para tanto, é imprescindível que os pacientes possuam conhecimento suficiente sobre sua condição de saúde, com vistas à adesão ao tratamento hemodialítico para a manutenção e melhoria da sua qualidade de vida. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a percepção de 147 pacientes em tratamento hemodialítico atendidos na Clínica de Nefrologia de Imperatriz (CNI), localizada no município de Imperatriz – MA. Trata-se de um estudo de campo, transversal, com abordagem qualitativa e quantitativa, realizado no período de Janeiro de 2013 a Abril de 2014. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob o parecer nº 056/2012. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se um roteiro de entrevista previamente estruturado, onde foram investigadas variáveis sóciodemográficas e questões relacionadas ao conhecimento e à causa da DRC. Os dados obtidos foram agrupados, ordenados, tabulados e analisados conforme os fundamentos da análise de conteúdo. Os resultados obtidos demonstraram que a maioria dos pacientes é do sexo masculino (59,2%), tem idade inferior a 60 anos (65,9%), é casada (55,1%), possui ensino fundamental incompleto (49,7%), tem renda de 1 a 2 salários mínimos (78,9%) e é aposentada (80,3%). Quanto ao conhecimento da DRC, 28,4% das respostas dos entrevistados foram concernentes a nenhum conhecimento, tais como “Não sei nada”, “Não tenho a menor ideia” e “Não sei te falar”; 27,7% destas respostas demonstram pouco conhecimento quanto a fisiopatologia da DRC, tais como “Os rins paralisaram”, “É problema de rins”. Quanto à causa da DRC, 32,4% dos pacientes disseram ser a hipertensão e 21,0% disseram ser o diabetes melito. Assim, neste estudo verificou-se que o conhecimento dos pacientes sobre a DRC é insuficiente. Portanto, torna-se necessária a adoção de ações educativas, a fim de conscientizá-los sobre a doença e incentivá-los ao autocuidado. O enfermeiro, por estar constantemente próximo ao paciente, está apto para planejar intervenções que auxiliem a adaptação deste à sua nova situação de vida.