Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
ESTRESSE EM ENFERMEIROS DE UM HOSPITAL ESPECIALIZADO EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE SÃO LUÍS (MARANHÃO)
Relatoria:
FLAVIA SIMOES DE VASCONCELOS
Autores:
- Gracy Darling Pestana Abreu Chung
- Mildred Oliveira Barros
- Rômulo Cesar Rezzo Pires
- Vanalda Costa Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O estresse é uma condição psicossomática em que fatores que alterem o estado emocional fazem com que este interfira diretamente no estado físico. A enfermagem foi classificada pela Health Education Authority, como a quarta profissão mais estressante do setor público. Portanto, esse trabalho pretendeu estimar a prevalência de estresse em enfermeiros de um hospital público, identificando fatores associados. Tratou-se de um estudo de corte transversal quantitativo envolvendo uma amostra de conveniência de 64 enfermeiros de um hospital público especializado em atendimento de urgência e emergência da região metropolitana de São Luís (MA). Para a coleta dos dados foram utilizados o Inventário de Sintomas de stress para Adultos de Lipp (ISSL), que teve por finalidade determinar a frequência do stress, suas fases e distinção em sintomas ou psicológicos, juntamente com um questionário constituído por variáveis sociodemográficas e laborais. As análises estatísticas foram realizadas com nível de significância de 5%. Como requisito ético, a pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética com parecer no 2013.02.17.09-84. Verificou-se que entre os profissionais enfermeiros houve um índice elevado de stress, correspondendo a 65.62% dos entrevistados, dos quais a maioria encontrava-se na fase de resistência (48.43%) e com predomínio de sintomas físicos (60.93%). A ocorrência de stress foi maior nos enfermeiros com faixa etária >30 anos (71,43%), no sexo feminino (90,48%), solteiros (64,29%), com renda de cinco salários ou mais (66,67%). Entre as variáveis laborais associadas ao stress, destacaram-se tempo de carreira superior a cinco anos (66,67%), trabalhar a mais de cinco anos no hospital (30,95%), ter cargo assistencialista (90,48%), ter carga-horária superior a 50 horas (35,71%), ter mais de um emprego (76,19%) e trabalhar em dois turnos (57,14%). As variáveis revelam a situação em que a enfermagem se encontra atualmente, enfrenta vários fatores de stress, como precariedade do ambiente de trabalho, falta de materiais, além de ser uma classe pouco valorizada e reconhecida, por não ter piso salarial definido, nem regulamentação das suas horas de trabalho o que acaba obrigando os profissionais a suportarem uma carga horária excessiva.