O câncer é uma patologia que traz consigo dor e sofrimento aos pacientes e seus familiares. No caso de câncer infanto-juvenil esses sentimentos afloram ainda mais, uma vez que esses pacientes são obrigados a sair de seu lar, do convívio entre amigos e familiares e passam a “residir” no ambiente hospitalar, onde serão submetidos a uma série de procedimentos invasivos e dolorosos responsáveis por mudanças físicas e psicológicas, bem como com a presença de efeitos colaterais. Esse período de adaptação à nova realidade torna-se traumático, já que a criança precisa de espaço, disposição e estímulos para realizar atividades recreativas e educativas. A hospitalização pode acabar comprometendo o desenvolvimento natural em consequência do rompimento da rotina habitual das crianças. As terapias alternativas de um modo lúdico e humanizado, por meio de estratégias como a musicoterapia, brinquedo terapêutico, pintura e arte, entre outras, são usadas e executadas pelos acadêmicos voluntários do Projeto Anjos da Enfermagem (AE), nas visitas aos pacientes oncológicos pediátricos, com o intuito de reduzir o desconforto sentido por essas crianças e familiares buscando aproximar o profissional de enfermagem desses pacientes estabelecendo um vínculo de confiança. Objetivou-se demonstrar que as atividades lúdicas realizadas pelos acadêmicos voluntários do projeto AE auxiliam de maneira positiva, pacientes e acompanhantes, durante o período de internação; descrever como o cuidado lúdico humanizado ameniza o momento difícil pelo qual a criança e a família estão passando. Trata-se de um relato de experiência por meio de uma pesquisa sobre o projeto e as atividades realizadas desde o seu início no ano de 2010 até sua última turma em 2013, no estado de Sergipe que foi realizada através de redes sociais, tais como o facebook, canal do youtube, blog e a participação em algumas visitas intra e extra hospitalares. Percebeu-se que as atividades realizadas pelo projeto tem um efeito positivo no âmbito hospitalar fazendo com que aquele ambiente seja transformado em um lugar de descontração onde através das atividades lúdicas, voluntários, crianças, acompanhantes e profissionais acabam interagindo de tal maneira que os problemas, as dores e os sofrimentos acabam sendo deixados de lado e são substituídos por sorrisos e momentos de felicidade que auxiliam no tratamento dos pacientes, humanizando o trabalho e a convivência durante toda a internação hospitalar e no decorrer dos tratamentos.