Os acidentes com veículos automotores, destacando o uso de motocicletas, tornaram-se uma verdadeira questão de saúde pública, transfigurando assim, umas das principais causas de mortes do nosso país. O aumento dos acidentes de trânsito envolvendo motociclistas vem sendo observado desde o final do século passado, quando houve incremento no uso da motocicleta, por ser um veículo de fácil circulação, rápida mobilidade e baixo custo. Em sua grande maioria, os acidentes de trânsito são previsíveis e evitáveis, pois o excesso de velocidade, o estado de embriaguez, a imperícia, negligência e imprudência do condutor são as principais causas envolvidas nos acidentes. O estudo analisa as características dos acidentes envolvendo motociclistas na cidade de Imperatriz – MA no período de maio a junho - 2013. Trata-se de um estudo de natureza transversal com abordagem quantitativa realizado no Hospital Municipal de Imperatriz (HMI). A amostragem foi do tipo não-probabilística por conveniência, feita com 112 vítimas de trauma por acidente de motocicleta, utilizando questionário previamente elaborado, constando de dados socioeconômicos e circunstâncias do acidente. Todos esses dados foram armazenados e analisados estatisticamente, utilizando- se de um banco de dados computadorizado, construído com o programa EPINFO Versão 7.0 e apresentados em tabelas. O presente estudo foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão sob o registro nº 062/11. A maioria das vitimas por acidente de motocicleta (89,19%) são do sexo masculino; com faixa etária de 16 a 30 anos (66,07%); (51,79%) são solteiros; (55,36%) tem renda mensal de 1 a 3 salários mínimos; 50,0% estudaram até o Ensino Fundamental; (65,18%) são etilistas; (65,3 %) não possuiem Habilitação; (66,96%) não faziam o uso do equipamento de proteção individual. Sobre a caracteristica das lesões, (64,29%) sofreram fratura do tipo interna e quanto a região corporea lesionada (43,73%) encontrou - se nos membro inferiores. A conscientização sobre sua vulnerabilidade deve fazer parte da estratégia de prevenção para que o uso do EPI, associado ao cumprimento das normas de trânsito e ao engajamento de profissionais de especializados nesta temática possa contribuir pra a promoção de uma direção segura.