INTRODUÇÃO: As células tronco embrionárias (CTE) apresentam grande capacidade de se transformar em qualquer tipo de tecido de um organismo. Atualmente, é permitido para fins de pesquisas e terapia a utilização de CTE obtidas por fertilização in vitro a partir de embriões humanos respaldado pela Lei 11.105/05 e pela RDC 23/11 do Ministério da Saúde. A participação de enfermagem é de suma importância para tal estudo, visto que o profissional enfermeiro é responsável pelo cuidado de pacientes que possam ser beneficiados por meio desta técnica. OBJETIVO: Analisar na literatura a relação entre a produção de enfermagem acerca dos aspectos éticos e legais envolvidos nos estudos de CTE, no que diz respeito à terapia celular regenerativa (TCR). METODOLOGIA: Trata-se de Revisão sistemática da literatura realizada nas bases de dados SciELO, LILACS e MedLine com a combinação dos descritores específicos: ética em enfermagem, ética e células tronco embrionárias. A seleção aconteceu de acordo com os critérios de inclusão: artigo disponível na íntegra, em português, recorte temporal de 2004 a 2013. Foram identificados e analisados 6 artigos, entretanto apenas 2 atenderam aos critérios acima citados. RESULTADOS: Os achados demonstram que as TCR vem evoluindo bastante no que tange as restaurações de tecidos e órgãos danificados do corpo, no entanto, tem-se ainda uma grande resistência as CTE relacionada aos princípios bioéticos. As pesquisas com CTE só foram regularizadas no Brasil em 2005 e de forma superficial, sendo ainda uma questão bastante polêmica. A enfermagem é uma das áreas que futuramente poderá se beneficiar nesses estudos, entretanto, o panorama atual da literatura caracteriza-se por produção escassa e com raras concepções de enfermagem em torno do assunto. CONCLUSÃO: Conclui-se que mesmo existindo um grande embate de idéias pertinentes as TCR com a utilização de CTE, o tema no Brasil necessita de uma complexa investigação. A falta de interesse se deve em parte a realidade distante, visto que, para muitos é uma técnica do futuro. Fundamentando-se no artigo 14 do código de ética de enfermagem temos como dever do enfermeiro aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos, éticos e culturais em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento da profissão, deste modo o profissional deve estar atento as novas formas de tratamento e cura consubstanciado por essas tecnologias.