Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
CICATRIZAÇÃO DE LESÕES CAUSADAS POR ERISIPELA PÓS-TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
ANA CAROLINA DA SILVA FERREIRA
Autores:
- Gisele de Brito Brasil
- Adilson Mendes de Figueiredo junior
- Anderson Lineu siqueira dos santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: A erisipela é uma infecção cutânea aguda de etiologia bacteriana que pode ter sua suscetibilidade aumentada nos membros superiores e tórax após cirurgia seguido de radioterapia e quimioterapia como terapia para o câncer de mama. OBJETIVOS: descrever a experiência sobre a cicatrização de lesões cutâneas causadas por erisipela pós-tratamento do câncer de mama. METODOLOGIA: trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. A paciente com a erisipela foi acompanhado na Unidade de Atendimento Imediato de um hospital de ensino de Belém-PA em janeiro de 2014 por uma enfermeira do Programa de Residência em Enfermagem em Oncologia. Durante toda a internação da paciente foi realizada avaliação das lesões, utilizando como fundamentação teórica a literatura especializada no tema. RESULTADOS: Paciente do sexo feminino, 46 anos, realizou quadrantectomia à direita e esvaziamento axilar, fez quimioterapia e radioterapia adjuvantes em 2011. Na admissão observou-se lesão cutânea extensa no membro superior direito, pápulas de conteúdo translúcido e edema do membro; na região anterior do braço identificou-se púrpura petequial, com pequena área de necrose. Apresentava ainda placas eritematosas e com descamação no hemitórax direito. A antibioticoterapia foi instituída pelo médico e, pela enfermagem, iniciou-se o tratamento da lesão com curativos diários utilizando solução fisiológica a 0,9% à temperatura ambiente em jato para retirar o exsudato e favorecendo a hidratação do tecido novo, fazendo aplicação tópica de Acido Graxo Essencial (AGE). A cobertura primária foi feita com gazes embebidas em AGE e a cobertura secundária com acolchoado devido a moderada quantidade de exsudato e feito bandagem com atadura de crepe. Após desbridamento mecânico da necrose, foi utilizado o Alginato de Cálcio e Prata no local, indicado para feridas abertas com perda parcial de tecido, exsudativas com ou sem infecção. Após 16 dias de tratamento, observou-se a redução significativa do edema e a epitelização quase completa da lesão e uma pequena área em fase de granulação, após esse período a paciente recebeu alta hospitalar. CONCLUSÃO: A aplicação correta das técnicas de tratamento de feridas sinaliza a necessidade de um profissional especializado e atualizado neste tipo de tratamento. Como recomendação é preciso investir no aprimoramento técnico científico do enfermeiro e uma constante atualização das novas tecnologias e produtos para o tratamento de ferida.