Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
IDEAÇÃO SUICIDA EM ESTUDANTES DE ENFERMAGEM DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO SUPERIOR
Relatoria:
ROSITANIA ALVES DUARTE
Autores:
- Afonso Rodrigues Júnior
- Vanalda Costa Silva
- Jéssica Thaís Nascimento Marques
- Rômulo Cesar Rezzo Pires
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O comportamento suicida é classificado, com freqüência, em três categorias: ideação suicida, tentativa de suicídio e suicídio consumado. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 3.000 pessoas se suicida a cada trinta segundos, uma média de um milhão por ano. Estima-se que em 2.020 este número atinja 1,5 milhões. Em escala mundial, o suicídio é 13ª causa de morte, a 3ª no grupo etário dos 15 aos 34 anos e a 2ª nos jovens dos 15 aos 19 anos. O suicídio só foi considerado problema de saúde pública a partir de 2005 no Brasil. Estudos mostram que estudantes de enfermagem podem manifestar dor psicológica, podendo provocar no jovem adulto pensamentos, desejos e até mesmo planos para terminar com seu sofrimento (Ideação Suicida). Desse modo, este estudo objetivou estimar a prevalência de ideação suicida em graduandos de enfermagem de uma faculdade privada de São Luís (MA) no primeiro semestre de 2014. Realizou-se um estudo de corte transversal com uma amostra probabilística de 234 estudantes. Para o calculo amostral adotou-se prevalência de 12,3% e erro de 3,0%. Após o consentimento esclarecido, os selecionados responderam a um questionário estruturado com variáveis sociodemográficas e fatores psicossociais, juntamente com o instrumento BSI (Beck Scale for Suicide Ideation), validado no Brasil em 1997. As associações estatísticas foram feitas pelo teste do qui-quadrado com nível de significância de 5%. O estudo obedeceu às diretrizes da resolução 466/12, sendo aprovado em Comitê de Ética sob CAAE 30482114.0.0000.5084. A prevalência geral de ideação suicida nos estudantes foi de 10,68%. Pensamentos suicidas foram mais frequentes entre as mulheres (84,0%), cursando o último ano (32,0%), com idade inferior a 23 anos (54,7%), trabalhadores (52,0%) e com companheiro (52,0%), estudante do turno matutino (68,0%) e tem bolsa do governo (60,0%). Entre as características psicossociais destacaram-se o uso de álcool (52,0%), ausência de historio familiar de suicídio (88,0%), não sofreu bullying (56,0%), tem nível bom de relação com colegas (72,0%), possui suporte familiar (80,0%), sem histórico de depressão (87,0%) e com estresse auto-referido (52,0%). Os resultados apresentados sugerem a adoção de estratégias de prevenção junto aos alunos logo na fase inicial do ensino superior, de forma a melhor lidar com a ansiedade, diminuindo a dor psicológica dos mesmos e dessa forma prevenir a ideação suicida e possível suicídio consumado nesta população.