O aleitamento materno, meio pelo qual o bebê recebe leite, na maioria das culturas, tem sido considerado pela sociedade, como de responsabilidade exclusivamente da mulher. Entretanto, é reconhecida a relevância da presença e da participação do pai durante a amamentação, seja contribuindo para o seu sucesso, como também para o desenvolvimento da criança, por meio do fortalecimento das relações familiares. Este estudo foi realizado com o objetivo de demonstrar o papel do pai no aleitamento materno exclusivo e conhecer os fatores que dificultam sua participação neste período. A metodologia utilizada foi uma pesquisa descritiva bibliográfica com abordagem qualitativa, obedecendo em sua estrutura às normas da ABNT. Foram consultados cinco artigos científicos, dois livros, duas revistas e fontes da internet. De acordo com o que foi estudado, o fator que mais dificulta a participação do pai no período do aleitamento materno é a elevada carga horária de trabalho. Observou-se também que a figura paterna tem acompanhado o monitoramento da saúde da mulher e do bebê no pré-natal; que o pai expressa a satisfação em poder cuidar dos filhos e de ter uma participação mais efetiva na vida privada da família, papéis desejados do “novo pai”. Ao mesmo tempo, constatou-se também que alguns ainda permanecem com resquícios da visão tradicional do papel do pai, afirmando que o aleitamento materno é função exclusiva da mulher. O estudo permitiu identificar evolução nas atitudes masculinas e, ao mesmo tempo, constatar a necessidade de um maior investimento dos profissionais de saúde em ações educativas direcionadas aos pais (mãe/pai). Encorajar a participação e colaboração dos pais e orientá-los no papel de cuidadores desde o pré-natal até a puericultura, incidindo diretamente nas questões relativas à amamentação, seria um dos principais objetivos. Tais ações, certamente, reverterão em mudanças nas concepções e no exercício de ser pai, o que possibilitará o apoio, incentivo e promoção da amamentação, aumentando os índices de aleitamento materno e favorecendo a saúde das crianças que serão nossos futuros adultos.