INTRODUÇÃO: O cuidar envolve atos humanos no processo assistencial estabelecendo o relacionamento interpessoal ao indivíduo baseado em valores humanísticos e científicos. Dessa forma, os profissionais de enfermagem têm um papel preponderante dentro da equipe multidisciplinar que visa intermediar a interação entre todos os envolvidos e implementar a busca por recursos que viabilizem à pessoa enferma melhor qualidade de vida, e quando isso não for possível, uma morte digna. Nesse contexto, torna-se fundamental a presença da equipe de enfermagem na orientação e na escuta desses indivíduos, possibilitando um esclarecimento que reduza e minimize o sofrimento. OBJETIVO: Analisar a produção científica brasileira acerca do cuidado de enfermagem em pessoas com neoplasias na Unidade de Terapia Intensiva. METODOLOGIA: Realizou-se revisão integrativa da literatura cujo levantamento dos artigos, deu-se na Lilacs e Scielo, sendo utilizados, para busca, os seguintes descritores e suas combinações na língua portuguesa: “cuidados de enfermagem”, “oncologia”, “unidade de terapia intensiva”, “enfermagem oncológica” e “enfermagem”. Os critérios de inclusão definidos foram: artigos redigidos em português, disponíveis na integra que retratassem a temática e indexados nos últimos seis anos. RESULTADOS/DISCUSSÃO: A amostra final desta revisão foi constituída por três artigos científicos, selecionados pelos critérios de inclusão previamente estabelecidos. Um deles mostrou que as representações dos enfermeiros, quanto ao processo de morte, permitem a elaboração de conceitos relevantes para o cuidado atribuídos e formulados sob a influência social, cultural e histórica. Analisa-se que a produção científica da enfermagem na atenção paliativa oncológica em UTI possuem preocupações nas áreas específicas de atuação e delimitam o ato do conhecer. Ao discorrer sobre a concepção de morte e morrer, expressam uma compreensão atrelada aos seus valores religiosos, afirmando por estes sentir mais dificuldade quando a morte ocorre nas fases iniciais da vida e que tal processo os torna impotentes diante das situações inerentes ao cuidado no processo de morrer. Mostra-se falta de conhecimento por partes dos profissionais referente aos cuidados paliativos como um dos obstáculos presentes na assistência.Faz-se necessário o desenvolvimento de estudos com delineamentos capazes de fornecer sólidas evidências que auxiliem na construção de diretrizes para a prática clínica.