INTRODUÇÃO: O trabalho em hospital é caracterizado por uma excessiva carga de trabalho, contato com situações desgastantes que acarretam altos níveis de tensão e riscos para o próprio profissional e para o paciente. A equipe de enfermagem mostra-se suscetível ao estresse ocupacional devido à natureza e características do seu trabalho que exige responsabilidade e acaba gerando um vínculo afetivo na relação profissional-paciente. A cronificação desse estresse ocupacional é o que se denomina Síndrome de Burnout. OBJETIVOS: Analisar publicações acerca da Síndrome de Burnout em profissionais de enfermagem da área hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada em fevereiro de 2014 por meio de busca eletrônica nas bases de dados SciELO, Lilacs e BDENF utilizando-se os descritores e suas combinações como “esgotamento profissional”, “burnout” e “equipe de enfermagem”. Foram selecionados 20 artigos científicos considerados como critérios de inclusão artigos no idioma português, disponíveis na íntegra, publicados no período entre 2009 e 2014, os demais não atendiam os critérios de inclusão. RESULTADOS: Nos estudos selecionados, observou-se em sua maioria a concordância em caracterizar a Síndrome de Burnout como uma resposta crônica ao estresse laboral, sendo constituída por três componentes (exaustão emocional, despersonalização e realização profissional). O instrumento mais utilizado para avaliar a SB, foi o Maslach Burnout Inventory que por meio de 22 perguntas avalia as três dimensões da síndrome. Dentre os resultados encontrados, destaca-se a predominância de apresentação ou chances de apresentar a SB em mulheres; dentre os fatores desencadeantes da síndrome, observou-se a sobrecarga da rotina de trabalho, onde muitos profissionais trabalhavam em mais de um turno como forma de complementar o salário mensal, a exaustão emocional desencadeada pelo envolvimento emocional com pacientes em estados críticos e algumas vezes pela falta de reconhecimento profissional levando à mudanças de comportamento durante o tratamento hospitalar. CONCLUSÃO: É de extrema importância trabalhar o tema em questão por afetar a qualidade da assistência de enfermagem prestada. Dessa forma, é preciso que se discuta o assunto entre profissionais e gestores para que se melhorem as condições de trabalho visando à construção de um ambiente saudável por meio de atividades preventivas desse estresse crônico.