Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: MEDO VERSUS SOLIDARIEDADE
Relatoria:
MAYSA DA VITÓRIA SILVA
Autores:
- ANDREZA MONIQUE CARDOSO BARRETO
- ROBERTA APARECIDA GUIDONI
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Imaginem uma situação em que você é a única opção para salvar a vida de um familiar. Para isso, é necessária a retirada de uma parte de seu corpo que pode implicar futuramente na sua qualidade de vida. Neste impasse, o medo e a solidariedade disputam o mesmo espaço. A doação de órgãos é regulamentada pela Legislação dos Transplantes no Brasil desde 1997, Lei nº 9.434. É um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão ou tecido de uma pessoa doente, receptor, por outro órgão normal de um doador, falecido ou vivo. A doação de órgãos salva diversas vidas, mas possui o lado polêmico, devido à incerteza do doador vivo, enquanto a sua futura condição de saúde e os familiares que não veem a relevância da doação pós-morte. Objetivo: Relatar a visão de enfermeiros sobre doação de órgãos e tecidos e como lidar com tal situação. Método: Caracteriza-se como estudo descritivo, na forma de relato de experiência, vivenciado pelos enfermeiros, enquanto acadêmicos, na disciplina Estágio Curricular Supervisionado I, em uma Universidade particular de Sergipe, numa palestra com o tema: “Doação de Órgãos e Tecidos”, realizada em agosto de 2012. Resultados: Durante uma tarde de orientações e discussões sobre o tema, chamou atenção o tópico da conscientização popular, no que diz respeito à doação pós-morte, no sentido de minimizar a ignorância presente em todas as classes sociais, quanto ao mito à deformidade do cadáver e alteração na qualidade de vida do doador vivo. Os presentes foram instigados a uma reflexão sobre as duas vertentes do ato em questão: doador vivo e doador não vivo, e perceberam a incerteza e a insegurança de quem fará esse papel, seja o próprio doador ou a família responsável pela autorização de um possível transplante de órgãos. Conclusão: O medo do doador vivo é natural e tem fundamentos, por isso a coação não deve existir. Nenhum ser humano é preparado para lidar com a morte, mas o profissional de enfermagem, assim como todos os profissionais de saúde, tomam como missão zelar e prolongar a vida. Cabe a esses a preparação pessoal e técnica para o enfrentamento da morte e a valorização da vida, buscando sensibilizar as famílias responsáveis pela doação, por meio de seu poder de convencimento de forma ética e legal. Propõe-se estimular a doação pós-morte, por meio de orientações aos familiares, desfazendo preconceitos e esclarecendo dúvidas, para que eles percebam que podem minimizar seu sofrimento na renovação de outra vida.