A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é caracterizada pela diminuição da atuação do sistema imunológico no organismo humano devido à presença do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). O HIV é um vírus altamente mutagênico que pode ser transmitido através do contato sexual desprotegido, principal via de transmissão, por contato com sangue contaminado e até mesmo por transmissão vertical da mãe para o feto. As pessoas que assumem tais “comportamentos de risco”, independente do sexo e faixa etária estão susceptíveis a infectar-se com essa síndrome e que devido ao fato de sua variação substancialmente significativa na população é uma doença que possui caráter pandêmico e de grande impacto e problema para a saúde pública.Embora a cura ainda seja desconhecida, a abordagem terapêutica vem avançando cada vez mais ao longo dos anos com a aquisição do tratamento com antirretrovirais.O Ministério da Saúde, através da Coordenação Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e AIDS (CN-DST/AIDS), a partir de 1988 preferiram por investir na criação de centros de testagem, hoje denominados Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). Com o advento e evolução da AIDS ao longo dos anos são cada vez mais necessárias estratégias que sejam eficazes em sua prevenção e controle. Mesmo com todas as estratégias utilizadas pelos serviços especializados e a importância que estas têm para o tratamento de portadores de HIV pouco se sabe sobre o que pensam os portadores de HIV, em relação à forma que são assistidos e as condições de tratamento que lhes é oferecida. Nesta perspectiva o presente estudo objetivou abordar as percepções de portadores de HIV frente à assistência prestada pelo SAE, no que diz respeito à abordagem, acompanhamento e tratamento prestado.Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de caráter descritivo. Foram entrevistados 10 portadores de HIV do SAE de Caxias-MA. Esta demonstrou que o acolhimento, a equipe multiprofissional e os serviços prestados foram qualificados positivamente pelos usuários, no entanto os horários de atendimento e as condições físicas do serviço foram qualificados como ruins. Os resultados evidenciaram que mesmo com dificuldades os portadores de HIV percebem que a assistência prestada no SAE de Caxias fornece suporte de boa qualidade para seu tratamento.