Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa de agente etiológico Mycobacterium leprae. Atinge nervos periféricos que ocasiona o aparecimento de incapacidades neuro-funcionais responsáveis pela limitação da vida social, estigma e preconceito contra a doença. É de suma importância, que os enfermeiros tenham subsídios que facilitem identificar, e orientar o portador de hanseníase da importância do tratamento. O estudo torna-se relevante por buscar contribuir para o melhor desempenho na detecção precoce da doença, proporcionando tratamento mais rápido, prevenindo sequelas, sem incapacidades e deformidades, além de interromper a cadeia de transmissão da doença.Objetivos: Relatar as experiências de acadêmicos de enfermagem nas consultas de enfermagem a portadores de hanseníase visando à identificação de lesões neurológicas e incapacidades. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado durante a prática curricular da disciplina Endemias da Amazônia do curso de Enfermagem da Universidade do Estado do Pará. O cenário do estudo compreendeu um Centro Escola, em Belém-Pará. O período de realização do estudo estendeu-se de setembro a novembro de 2013. Resultados: Durante a consulta de enfermagem percebeu-se pelos relatos dos portadores de hanseníase, como os mesmos demoravam a buscar ajuda após o aparecimento de sintomas e lesões de comprometimento dos nervos periféricos característicos de Hanseníase. Assim, a consulta de enfermagem se constituiu em um importante instrumento na criação de vínculo com esses pacientes, assim como, ofereceu um atendimento de qualidade, humanizado e holístico, sendo efetivo nas orientações de prevenção, evitando-se o agravamento das incapacidades neuro-funcionais, identificados ao exame neurológico apontando as lesões existentes, o grau de incapacidade e encaminhar a tempo esses pacientes para dar inicio ao tratamento. Conclusões: Realizar consultas de enfermagem de prevenção de incapacidades em hanseníase durante o prática curricular constituiu-se um grande aprendizado, pois auxiliou na compreensão da importância do combate ao estigma contra a doença e na promoção da qualidade de vida daqueles que apresentam sequelas da hanseníase. É uma atividade que deve ser estimulada nas unidades básicas de saúde e os enfermeiros necessitam dedicar-se rotineiramente nos serviços.