A hospitalização na infância torna-se uma experiência traumática, causada pelo afastamento da criança de sua vida cotidiana, do ambiente familiar, existindo um confronto com a dor e sua limitação física, desenvolvendo sentimentos de culpa, punição e medo da morte. Brincar é uma das atividades mais importantes na vida da criança e é decisivo para seu desenvolvimento motor, emocional, mental e social. É a maneira pela qual ela interage com o meio em que vive e expressa efetivamente seus sentimentos, ansiedades e frustrações. Por meio do brinquedo, a criança transforma-se em investigadora e controladora ativa, adquirindo o domínio da situação ao utilizar a brincadeira e a fantasia. No período de setembro de 2011 a novembro de 2011, no Hospital da Criança de Juazeiro-BA, através da construção de um seminário foram desenvolvidas visitas técnicas a unidade hospitalar e práticas de atividades educativas quinzenais com as crianças hospitalizadas com o uso do brinquedo e a brincadeira para melhor tratamento das patologias; rodas de escuta qualificada com os pais para abordar as dúvidas destes e os temas secundários que os mesmos gostariam que fossem trabalhados e apresentação dos resultados na imprensa local buscando atender esse público tão vulnerável. Neste sentido, este trabalho procurou revelar aspectos importantes em relação ao uso da ludoterapia e aos fatores que estes métodos influenciam nos comportamentos, bem como nos tratamentos dessas crianças. Seus resultados puderam auxiliar nas novas práticas adotadas pelos profissionais que ali atuam e seus familiares, assim como contribuir para a implantação e desenvolvimento de atividades educativas e recreativas na brinquedoteca. Durante a execução do projeto foram realizadas visitas técnicas ao Hospital da Criança onde se discutia sobre a ludoterapia e o brinquedo terapêutico e suas principais dúvidas acerca destes métodos e, através desta traçava-se um planejamento e elaboração das atividades educativas. Diante disso podemos observar uma maior intensificação da relação já estabelecida com os profissionais e familiares e crianças atendidas pela Instituição; vínculo de confiança com os pais para debater as atividades propostas; apropriação de informações/conhecimento acerca da temática pelos discentes participantes do projeto; maior visibilidade das atividades a serem desenvolvidas ao longo do projeto; participação ativa dos familiares em relação ao temas abordados.