A hipertensão é uma das complicações que acomete as gestantes,é a primeira causa de mortalidade materna no ciclo gravídico-puerperal,ocorrendo em cerca de 10% das gestações,sendo mais comum em primigestas,multíparas,mulheres com hipertensão anterior,com doença renal e nas mulheres com história familiar de pré-eclâmpsia.O presente estudo teve como objetivo descrever as características epidemiológicas e clínicas dos distúrbios hipertensivos no período gravídico puerperal.Trata-se de uma pesquisa epidemiológica,descritiva,documental com abordagem quantitativa,realizada em uma maternidade pública mantida pela Secretaria Municipal de Saúde/SUS,de referência estadual para médio e alto risco em obstetrícia,na cidade de João Pessoa-PB.A amostra foi composta de 50 prontuários de usuárias internas,sendo 09 de gestantes e 41 de puérperas assistidas nos setores de Unidade de Cuidados a gestante,Unidade de Cuidados Intermediários para puérpera com SHEG,durante os meses de fevereiro a março de 2011.Dos 50 prontuários investigados,09 foram das usuárias que estavam gestantes e 41 foram das puérperas.As idades mais prevalentes foram nas faixas etárias de 20 a 29 anos com 23(46%)e a de 30 a 39 anos com 15(30%).Nos registros sobre a raça foi identificado que a categoria parda foi a única presente.Os dados mostraram que 11(22%)das usuárias tinham histórico de hipertensão arterial,14(28%)apresentavam infecção urinária,no entanto,constatou-se que em 25(50%),não foi encontrado esse registro.Costatou-se que os distúrbios hipertensivos são intercorrências muito presentes,e perigosos durante o ciclo gravídico-puerperal,coincidindo com a maioria dos estudos e reafirmando a necessidade e a importância de uma assistência pré-natal de melhor qualidade e a atuação de profissionais capacitados e atualizados.Devendo considerar,além da quantidade a qualidade das consultas pré-natais,possibilitando a adequada identificação dos fatores de risco para SHEG e o seu diagnóstico precoce,que são essenciais na prevenção secundária.Por tanto,é de extrema importância destacar que os fatores de risco são passíveis de condutas preventivas e de controle.Diante disso,evidencia-se que,a qualidade da atenção obstétrica prestada a essas usuárias é primordial,para a manutenção da saúde e prevenção das complicações e da morbimortalidade materna e neonatal.