As Unidades Básicas de Saúde (UBS), são portas de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), tem papel importante na detecção, tratamento e acompanhamento dos problemas que afetam a saúde da mulher. A Enfermagem tem papel relevante na promoção da Saúde e tem como uma de suas funções o treinamento e capacitação de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), pois considera que a educação em saúde está relacionada à aprendizagem, tornando-se necessária para atender a população de acordo com sua realidade e estimular a reflexão do seu modo de viver sendo protagonistas no processo saúde/ doença, transformando a sua realidade e da comunidade. Com o objetivo de conhecer a percepção dos ACS sobre as DST e métodos contraceptivos, realizamos uma oficina educativa durante o Estágio Supervisionado da disciplina de Saúde Sexual e Reprodutiva em uma UBS de Fortaleza- CE, no mês de junho de 2014 com 07 ACS. No primeiro momento, foi confeccionada artesanalmente, com material reciclável, uma Roleta, dividida em cinco partes que constavam os seguintes assuntos: Gonorreia, AIDS, HPV, Candidíase e Sífilis. Cada ACS girava e o tema selecionado era explicado por uma acadêmica. Abordamos sobre a forma de contágio, agente etiológico, sinais e sintomas e formas de prevenção de cada patologia. No segundo momento, produzimos também uma cartela que simulava um “BINGO”, onde os itens para marcação estavam relacionados aos métodos contraceptivos.Sorteávamos perguntas de forma aleatória e suas respostas deveriam ser marcadas nas cartelas. A cada pergunta sorteada fazíamos breves comentários sobre os métodos contraceptivos. Ao final, o participante que preencheu toda cartela foi o vencedor e recebeu um brinde oferecido pelas organizadoras da oficina. Percebemos que, a princípio eles estavam apressados por conta da necessidade de realizarem suas atividades na comunidade, porém com o desenvolver das atividades interagiram de forma intensa e a atividade foi bastante produtiva, participando ativamente da intervenção, questionando, esclarecendo dúvidas, contando fatos do cotidiano de trabalho. Percebemos que os ACS possuem dúvidas sobre diversos temas, são extremamente interessados e receptivos a atividades de Educação em Saúde, participaram ativamente da intervenção com questionamentos, relatos, exemplos e sugestões. A avaliação que realizamos após a intervenção foi uma excelente estratégia de identificarmos algumas carências dos ACS durante seus trabalhos nas comunidades.