O uso de drogas ilícitas em especial o crack propiciam dependência, evasão e marginalização social, por causar dependência química rapidamente, e ser cada vez mais frequente seu uso entre os indivíduos de distintas classes sociais e idade. Destaca-se, a adolescência pela maior vulnerabilidade ao uso desta droga. Neste contexto a enfermagem, surge na perspectiva de minimizar agravos à saúde atuando na promoção da saúde e prevenção de doenças. Neste sentido, este estudo refere-se em compreender a atuação do enfermeiro na rede de atenção psicossocial, na promoção da saúde, reabilitação e reinserção social do adolescente dependente químico. Trata-se de um estudo de caráter bibliográfico, realizado durante os meses de março e abril de 2014, através da base de dados: SCIELO (Scientific Electronic Library Online), utilizando-se dos descritores: adolescente, cocaína crack, cuidados de Enfermagem. Foram considerados artigos de livre acesso, publicados a partir de 2009, textos e manuais do ministério da saúde. A assistência de enfermagem ao adolescente usuário de crack tem como principal porta de entrada a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e também os Centros de atenção Psicossocial (CAPS). O profissional enfermeiro deve estar apto a atuar no acolhimento humanizado, escuta qualificada, criação de vínculos livre de preconceitos e estigmas aos sujeitos que fazem uso das drogas ilícitas fazendo as intervenções e encaminhamentos necessários. Quando se trata de assistência de enfermagem, uma das formas de organizar o cuidado prestado ao usuário é a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) onde é organizado e sistematizado o cuidado de enfermagem considerando as especificidades de cada indivíduo. No CAPS, que oferece serviços de caráter abertos e comunitários o enfermeiro inserido na equipe multidisciplinar poderá atuar com o atendimento individual e utilização do processo de escuta qualificada, construção de vínculos terapêuticos, promoção de sociabilidade, incentivos a autonomia e promoção da autoestima desses indivíduos e ainda na promoção e prevenção em saúde. A assistência de enfermagem aos adolescentes que faz o uso do crack ainda é significativo de discussão considerando as complexas funções e necessidades estratégicas da assistência a estes sujeitos. O papel do enfermeiro visa a reabilitação ampla, reconquista da identidade e reinserção social desse adolescente em articulação com outras políticas públicas.