A sobrevida de neonatos de alto risco vem obtendo resultado com prognósticos cada vez mais positivos no decorrer dos últimos tempos isso se deve as inovações tecnológicas que permitem a modernização dos equipamentos utilizados no tratamento da saúde desses bebês, a adesão das novas tecnologias tem como metas principais a redução comprovada da mortalidade perinatais. O aleitamento materno dos recém-nascidos de alto risco precisa ser incentivado de forma precoce, estabelecendo desde o primeiro momento uma relação mãe–nutriz. Diante da impossibilidade da sucção do bebê diretamente no seio, a mãe deve ser encorajada a participar da alimentação do recém-nascido com leite materno por sonda gástrica e logo que possível, deverá ser estimulada a manter contato pele a pele com o seu filho para que o agravo ocorrido pela interrupção do vínculo venha a ser minimizado. Conhecer as dificuldades maternas no processo do aleitamento materno de recém-nascidos internados na unidade de terapia intensiva neonatal; avaliar o sentimento das mães com relação à amamentação quando a criança receber a alta hospitalar; analisar a percepção da mãe quanto à importância do aleitamento materno exclusivo. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa. Realizada em uma maternidade de referência do Estado do Ceará, localizado na cidade de Fortaleza classificada como de grande porte, pertencendo à rede pública de saúde conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados foram coletados por meio da entrevista, as quais foram gravadas, transcritas e analisadas conforme literatura pertinente. Pesquisa aprovada pelo comitê de ética da instituição conforme protocolo N.016/12. Os resultados mostraram que o aleitamento materno dos recém-nascidos internados em unidade de terapia intensiva neonatal é bem trabalhado, dentro do contexto adotado pela maternidade onde a pesquisa foi realizada, as participantes demonstram em suas falas que sabem da importância de oferecer o leite materno para os filhos, são incentivadas, orientadas e auxiliadas na ordenha; pretendem continuar o aleitamento materno quando o filho receber alta, no entanto, pode se observar que em alguns casos esse ciclo poderá ser interrompido, necessitando, portanto, que se invista em uma rede de atenção de atendimento básico atuante de fato. Conclui-se que quando perceberam que o recém- nascido permaneceria internado por período prolongado, as mães sofreram uma descarga emocional muito intensa, sentimentos de frustração.