Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
A NECESSIDADE DA ATENÇÃO DE ENFERMAGEM À DÍADE FAMÍLIA-CRIANÇA EM UNIDADES DE ALOJAMENTO CONJUNTO PEDIÁTRICO
Relatoria:
ISABELLE CRISTINA BORBA DA SILVA
Autores:
- ÉRIKA LEITE DA SILVA CARDOSO
- EVYLLÂNE MATIAS VELOSO FERREIRA
- THALYS MAYNNARD COSTA FERREIRA
- LEILA DE CÁSSIA TAVARES DA FONSÊCA
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente garante à criança o direito de acompanhamento familiar em qualquer situação de internação. Isto impulsiona a criação do modelo de Alojamento Conjunto Pediátrico (ACP), no qual a família é envolvida no processo de hospitalização, na prevenção de doenças e na promoção da saúde da criança. Este processo é marcado atualmente pela utilização instrumental do familiar pela equipe de enfermagem para atender a algumas necessidades da criança, tais quais, higienização, alimentação e, direta ou indiretamente, administração de medicação oral. Neste contexto, pouco se observa que a hospitalização de uma criança pode desencadear alterações emocionais e sofrimento psíquico nos membros da família, principalmente naquele que a acompanha. Assim, este estudo objetiva instigar a reflexão acerca da necessidade da assistência de enfermagem à díade família-criança em unidades de ACP. Metodologicamente, trata-se de um estudo do tipo revisão integrativa, consubstanciado numa abordagem qualitativa, cujas referências são textos acadêmicos especializados, bem como artigos indexados publicados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Scientific Electronic Library Online (SciELO), no período de 2004 a 2010, cujos critérios de inclusão foram: trabalho completo, idioma em português e acessibilidade. Para análise foi realizada a leitura criteriosa dos trabalhos completos para determinação do discurso predominante de cada autor referente à proposta do estudo, a qual possibilitou perceber que a participação da família durante o processo de hospitalização otimiza a recuperação da criança e aumenta a interação entre ela e sua família, o que reduz o estresse causado pelo processo para ela. No entanto, a família, no mesmo processo, defronta-se com duas tarefas, que a sobrecarrega psicologicamente: cuidar da criança doente e lidar com as emoções, a maioria das vezes inconscientes, que passam a transformar as relações entre seus membros. Apesar disso, na maioria das vezes as necessidades de cuidado à família, no contexto da díade família-criança são negligenciadas pelas equipes assistentes, que veem o envolvimento desta no cuidado à criança como um dever e não como uma inserção negociada. Tal contexto diverge das proposições existentes para o ACP, que deveria priorizar a humanização e integralização da assistência prestada à díade criança-família. Neste sentido, é notória a necessidade de cuidar de quem cuida.