Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
AUTOMEDICAÇÃO EM IDOSO: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Relatoria:
WANDERSON FERREIRA DA SILVA
Autores:
- DENIZE EVANNE LIMA DAMACENA
- BRUNO TELES SILVA
- RITA DE CÁSSIA CAMPELO CHAVES
- MÔNICA CRISTIANE SOARES MENDES
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O aumento da população idosa é considerado um dos maiores desafios para a saúde pública, pois à medida que se envelhece surgem as doenças crônicas como diabetes e hipertensão arterial sistêmica e aumenta a susceptibilidade a problemas agudos como infecções virais e bacterianas. Nesse contexto, muitos idosos buscam na automedicação solução para os problemas de saúde que o afligem, assim como para os sintomas comuns que são decorrentes de uma simples virose. O estudo teve como objetivo analisar a produção científica brasileira que trata da automedicação em idosos, enfocando a prevalência e os fatores associados a esse fenômeno. Foi utilizado como abordagem metodológica a revisão bibliográfica nas bases de dados BDENF, LILACS e SCIELO, utilizando os seguintes descritores: saúde do idoso, automedicação e enfermagem, no período de abril de 2014. Sendo encontrados 38 artigos, utilizando-se como critérios de inclusão: artigos disponíveis na integra, língua portuguesa, no período de 2008 a 2013, resultaram 11 artigos os quais constituem a amostra deste trabalho. A maioria das publicações concentrou-se nos anos de 2008 e 2012 com quatro e dois artigos publicados respectivamente e predomínio dos estudos transversais (100%). Os achados bibliográficos revelam que há uma maior prevalência de automedicação em mulheres idosas, com baixa escolaridade, renda menor ou igual ao salário mínimo e pior auto percepção da saúde. Os principais fatores que levam a automedicação nos idosos, conforme os artigos são dor, citada como principal fator, seguida de febre, diarreia, pressão alta e tosse. Dessa forma, os medicamentos sem prescrição médica mais utilizados são os que atuam no SNC, sobretudo os analgésicos seguidos de medicamentos do trato alimentar e metabolismo, especialmente vitaminas e antiácidos. É evidenciado ainda que a prática de automedicação pode levar ao aumento do número de drogas usadas pelos idosos, levando ao mascaramento de sintomas de muitas patologias, interações medicamentosas e efeitos adversos. Conclui-se que a automedicação pelo idoso é comum no Brasil, sendo as medicações utilizadas para o manejo de sintomas, em especial a dor. Dessa forma, é importante que os profissionais de enfermagem orientem a população idosa a evitar o uso irracional de medicamentos e auxiliem na identificação dos problemas de saúde e da terapêutica adequada.