A violência contra a mulher é reconhecida como questão social e de saúde pública, sendo definida como qualquer ato de violência que resulta em sofrimento físico, sexual ou psicológico. Logo, para abordar um tema como este é necessário que se estabeleçam metodologias de ensino-aprendizagem eficientes conforme o público-alvo. Com isso, esse estudo teve como objetivo informar e discutir a problemática da violência contra a mulher com futuros profissionais de Enfermagem, levando em conta a multiplicidade de pensamentos dentro de um contexto universitário. A metodologia do relato de experiência, foi uma oficina realizada em uma sala da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal do Pará (UFPA), pelo Centro Acadêmico de Enfermagem em parceria com o Coletivo pela Saúde e Direito das Mulheres, no dia 18 de Fevereiro de 2014, no horário de 15 horas às 17 horas durante a semana do Calouro. Foi voltada exclusivamente para calouros de Enfermagem da UFPA. O modelo de oficina buscou conciliar de forma concomitante a exposição a respeito da violência contra as mulheres, e momentos de interação com os participantes. Como resultado, nessa pesquisa houve uma participação ativa do público, que discutiu o assunto de forma satisfatória. O interesse pelo tema abordado advém das experiências no atendimento ao público feminino, que o grupo já pode realizar tecendo comentários e relatando experiências a respeito da temática. A oficina foi bem recebida pelo público o qual interagiu com os palestrantes, assim, a atividade tornou-se dinâmica, contribuindo para o bom andamento da oficina. Através das respostas obtidas, notou-se um conhecimento prévio a respeito da violência contra a mulher, evidenciado pela citação de questões como: sociedade patriarcal, gênero e machismo durante breves falas. Em contrapartida, repassamos os conhecimentos que possuíamos de como funciona a rede de atendimento para as mulheres vítimas de violência. A notificação compulsória, por exemplo, foi um dos elementos novos exibidos na oficina. Concluímos que a temática da violência, não pode ser compreendida apenas como assunto do poder judiciário, mas também como uma questão de saúde pública, pois embora a mesma não seja uma patologia, ela causa diversos transtornos físicos e psicológicos. Com isso, debater esse tema dentro da acadêmica torna-se relevante, pois contribui para formar profissionais mais comprometidos e capacitados para a assistência integral das mulheres vítimas de violência.