Introdução:A tuberculose (TB) é um relevante problema de saúde pública. Várias estratégias foram criadas para impactar no controle da doença com a finalidade de minimizar as barreiras existentes como o acesso aos serviços de saúde e o abandono do tratamento. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, no ano de 2013 foram notificados 71.123 novos casos de TB, com taxa de incidência de 35,4 casos para cada 100 mil habitantes, o que indica queda de 20,3% em relação a 2003, quando a taxa era 44,4 casos para cada 100 mil pessoas. Em 2013, o Pará registrou 3.309 novos casos de TB, a capital Belém, destaca-se por notificar aproximadamente 40% dos casos do estado. Objetivos:analisar o acesso aos serviços de atenção primária à saúde para o controle da tuberculose, identificando as facilidades e dificuldades de acesso aos serviços de saúde, além de analisar de que forma o acolhimento pelos profissionais de saúde nas instituições pode facilitar a adesão e a continuidade ao tratamento da doença. Metodologia:trata-se de um estudo quantitativo, epidemiológico do tipo seccional realizado em cinco Unidades Básicas de Saúde do município de Belém, escolhidas por apresentarem os maiores números de casos novos de TB no ano de 2012, com o auxílio de um questionário. Resultados:observou-se que a TB pulmonar foi a forma clínica mais frequente entre os sujeitos que compuseram a amostra do estudo. A TB estava mais presente entre os pacientes do sexo masculino equivalente a 52,9% (18). Além disso, grande parte dos sujeitos estava na faixa etária entre 30 e 60 anos, com uma média de 45 anos. Percebeu-se que grande parte dos sujeitos procurou por atendimento de saúde em unidades mais próximas de suas residências pela facilidade de acesso, por esse motivo poucos tiveram dificuldade para se deslocar aos serviços de saúde, correspondente a 26,5 % (9), tendo pouca despesa com transporte, já que relataram ir à unidade de bicicleta ou a pé. Conclusão:o presente estudo aponta diversos fatores relatados pelos doentes que podem influenciar no acesso ao tratamento da TB. A dinâmica do atendimento de modo geral se mostrou satisfatória nas unidades de saúde avaliadas, podendo gerar discussões acerca do acesso ao tratamento da doença nas respectivas unidades. Além disso, o fortalecimento do vínculo, a garantia de acesso e o acolhimento pela equipe de saúde são fatores que podem interferir para a não ocorrência de casos de multidrogarresistência, que denotam o descontrole da doença.