Introdução: A educação popular em saúde deve ser trabalhada na perspectiva de se valorizar a cultura e o saber local. Apenas a informação em saúde não gera mudanças, pois todos têm um pouco de informação, porém educação em saúde em uma perspectiva libertadora pode transformar a realidade. Objetivo: Relatar uma experiência de educação popular com agentes comunitários de saúde sobre primeiros socorros. Metodologia: A atividade foi desenvolvida em uma unidade de saúde da família com 4 ACSs. Foi utilizada a técnica de associação livre de palavras que consiste em uma investigação que se estrutura na determinação de respostas dadas com base em um ou mais estímulo que irão induzir essa resposta. Como estímulo indutor foi trabalhado a frase: 4 coisas que se deve fazer com uma vítima politraumatizada acidentada no trânsito, sendo que caberia uma pessoa de cada grupo responder de forma individual um estímulo, formando no final no máximo 4 respostas por pessoa; após isso, foi recortado cada resposta, e foi agrupado por categoria semântica. Foi distribuído material para se confeccionar cartazes como piloto, canetinha, cola, tesoura e cartolina. E no final apresentaram os resultados. Resultados: 4 respostas associadas ao termo: “Evitando maiores problemas”: “Todos escreveram sinalizar o local”. 4 respostas associadas ao termo: “Pedindo Socorro”: 1 resposta, “chamar 192”; 1 resposta, ”chamar o socorro”; 1 resposta ”chamar o SAMU” e 1 resposta, “chamar o SAMU ou corpo de bombeiros”. 4 respostas associadas ao termo: “Proteger a vítima”: 2 respostas, “não mexer na vítima”; 1 resposta, “não mexer com o acidentado” e 1 resposta, “não mexer nem tentar remover a vitima do local”. 4 respostas associadas ao termo: “Mantê-la Consciente”: 1 resposta “conversar com a vítima para mantê-la acordada”; 1 resposta, “tranquilizar o paciente e fazer anamnese”; 1 resposta, “procurar manter o acidentado tranquilo” e 1 resposta, “manter a pessoa acordada conversando para que a mesma não tenha amnésia nem perca os sentidos”. Conclusão: Os ACSs tem o conhecimento básico, não são uma tábua rasa, sabem o que deve ser feito, como chamar o serviço de emergência e não tocar na vítima, porém ainda existem muitos indícios que podem contribuir para atitudes imprudentes, porém só através de trabalhos educativos em uma perspectiva freiriana de ação-reflexão-ação que envolva a participação popular, que se pode trazer a emancipação do saber.