O atendimento precoce da vítima de parada cardiorrespiratória (PCR) está relacionado à sobrevida. A capacitação do leigo para instituição do suporte básico de vida (SBV) é fundamental para salvar e prevenir seqüelas. Este estudo objetiva identificar o conhecimento dos leigos sobre o SBV e as possíveis falhas na realização das manobras. É um estudo descritivo com abordagem quantitativa. A população foi constituída por adultos leigos da região metropolitana de Lagarto – Sergipe, durante atividade curricular Oficina de Habilidades e Atitudes em saúde de acadêmicos do primeiro ano de graduação do Campus Professor Antônio Garcia Filho, da Universidade Federal de Sergipe. O levantamento de dados foi realizado por meio de questionário contendo duas partes: a primeira aborda a caracterização dos leigos, a segunda, o conhecimento sobre PCR/ Ressuscitação cardiopulmonar (RCP). Teve como base o instrumento de coleta de dados de Pergola e Araujo17. A amostra foi de 128 indivíduos, na faixa etária entre 18 e 20 anos, a maioria do sexo feminino. Nos resultados observou que 98,43% acertaram a verificação da presença de respiração; 79,6 responderam corretamente à realização da manobra para facilitar a respiração e sabem que levantar o queixo da vítima facilita a respiração, enquanto que 15,6% acreditam que levantar a cabeça da vítima pode facilitá-la. Em relação à técnica de respiração boca a boca, obteve 84,3% de respostas corretas. Na possibilidade da realização da respiração boca a boca em indivíduo desconhecido, sem uso de equipamento de proteção individual, 17,1% de respostas afirmativas e 82,1% de negativas. 92,9% afirmaram a possibilidade da realização isolada de massagem cardíaca; quanto ao posicionamento da vítima para realização da massagem cardíaca, obteve 76,5% parcialmente corretas. Em relação à região do corpo na qual se realiza a compressão, 66,4% responderam corretamente. Conclui-se que, as pessoas leigas sabem reconhecer e aplicar as manobras de SBV a alguém que venha sofrer uma parada cardiorrespiratória e esse conhecimento é muito importante no atendimento rápido da vítima até a chegada do socorro, devido estas manobras e o uso de desfibrilador que diminui significativamente o número de mortes por PCR e possíveis seqüelas.