Introdução: O câncer do colo do útero (CCU) é considerado um grave problema de saúde pública. É o terceiro tipo de câncer mais comum e o quarto tipo causador de morte em mulheres. Contudo, é possível prevenir através da realização de exame preventivo do câncer de colo uterino (PCCU) ou Papanicolau, o qual permite diagnosticar precocemente qualquer alteração, além de orientar o tratamento adequado. Objetivo: Tendo em vista a situação de destaque que o CCU ocupa no país, este trabalho buscou avaliar a importância técnica e administrativa do processo que envolve o exame de PCCU. Metodologia: O estudo foi realizado em uma UBS de Macapá/Ap e os dados coletados do livro de registro de resultados de exame de PCCU no período de 09/08/2013 à 18/10/2013. Resultados: Analisou-se um total de 209 exames. A faixa etária estava compreendida entre 16 a 74 anos, média de 36 anos. A prevalência se deu no intervalo entre 26 a 35 anos (36%). O tempo médio de entrega dos resultados ocorreu em torno de 40 dias após a coleta. Neste estudo houveram 72% de amostras consideradas satisfatórias (n=150), constatando-se que as mesmas estavam dentro dos requisitos necessários para a análise. Amostras insatisfatórias ocorreu em 28% (n=59). Dentre os achados microscópicos o epitélio escamoso apareceu em 97,60% da amostra pesquisada (n=204). Os outros tipos de epitélios benignos encontrados foram: glandular 54,54% (n=114); escamoso/glandular 37,32% (n=78) e metaplásico, 9,56% (n=20). Os cocos se mostraram presentes em 69,85% e os bacilos em um percentil de 57,89%. Estes microorganismos apareceram concomitantemente em 45,45% dos resultados analisados. Conclusão: O PCCU é um exame de extrema utilidade para a diminuição da morbimortalidade feminina por CCU, porém é necessário que os profissionais e os serviços de saúde orientem o grupo de risco sobre a importância de fazê-lo rotineiramente. Este é um exame de baixo custo, de fácil aplicação, sem nenhum ônus e prejuízo para a paciente, porém requer conhecimento e técnica profissional durante a coleta. É necessário que se perceba possíveis alterações de ordem anatômica, fisiológica e patológica para proceder a coleta do material. Diante disso, é imprescindível que haja disponibilidade de material satisfatório e, sobretudo, educação permanente dos profissionais que atuam na prevenção do CCU, bem como a disponibilidade de laboratórios para realização da leitura e emissão dos resultados de forma célere para prosseguimento do tratamento.