Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
RELATO DE EXPERIÊNCIA: ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM NO SERVIÇO DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS DE UM HOSPITAL, BELÉM-PA
Relatoria:
DANIELLE OLIVEIRA MACIEL
Autores:
- JÉSSICA ADRIANA LOBO BARBOSA
- KARLA CHRISTINA BERNARDES
- MAICON DE ARAÚJO NOGUEIRA
- THAYSE MORAES DE MORAES
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: o fator indispensável para o sucesso na captação de órgãos está na busca da doação, que implica a procura ativa da família para a formalização do pedido. A Lei nº 10.211/01 que dispõe sobre o consentimento informado como forma de manifestação à doação, descreve que a retirada de órgãos, tecidos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes depende da autorização familiar. A resolução Cofen nº292/04 normatiza a atuação do enfermeiro na captação e transplante de órgãos e tecidos, descrevendo que a este profissional compete planejar, executar, coordenar, supervisionar e avaliar os cuidados prestados ao doador e seus familiares. OBJETIVO: descrever a vivência dos acadêmicos de Enfermagem na Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). METODOLOGIA: trata-se de um relato de experiência, com observação participativa em momento de prática supervisionada do componente curricular “Enfermagem em Urgência e Emergência”, vivenciado por acadêmicos de Enfermagem do 4º e 5º ano, em um hospital da região metropolitana de Belém-PA. RESULTADOS: tivemos a oportunidade vivenciar as rotinas dos enfermeiros membros da equipe de busca de órgãos, na qual foi observado como fatores limitantes desse processo a falta de conhecimento e envolvimento de alguns profissionais acerca do protocolo de morte encefálica e processo doação/ transplante. Salienta-se que as equipes parecem não compreender o processo de doação como parte de suas atribuições assistenciais, muitas vezes não se envolvendo com a manutenção clínica dos potenciais doadores, como se o cuidado com os pacientes em morte encefálica e seus familiares não fossem parte das atribuições éticas e legais inerentes a sua prática, referindo: “temos dez leitos de UTI com pacientes críticos, um está em ME, minha prioridade é tratar dos vivos”. Essa e outras afirmativas permeiam a rotina dos membros da equipe de busca de órgãos e nos mostram que muito se deve fazer para alcançar um grau de excelência em doação nesse serviço. CONCLUSÃO: é importante a abordagem sobre o tema para todos os profissionais da saúde desde a vivência acadêmica, sensibilizando-os quanto à importância de cada um no processo de doação e transplante, levando em consideração que o fator educação tem impacto direto no número de identificação de potenciais doadores e consequentemente no número total de doadores efetivos.