Há algumas décadas, o ser pai era desvalorizado frente aos cuidados prestados a mulher e aos filhos. A partir de novas pesquisas desenvolvidas nos anos de 1980, começou-se a evidenciar, que a participação do masculino, desde a gestação, era imprescindível para a formação de um vínculo pai/filho. Como objetivo proposto apresentou-se: analisar a interação do masculino com a gravidez da mulher e as expectativas do ser pai. Tratou-se de um estudo de abordagem qualitativa, do tipo exploratório e descritivo, na qual, a coleta do material empírico foi realizada após aprovação pelo Comitê de Ética Deontologia da UNIVASF, sob protocolo nº 0016/131113, por meio de um roteiro semiestruturado de entrevista. As entrevistas ocorreram com oito homens, cujas companheiras estivessem cadastradas no pré-natal da USF Alto do Cruzeiro e que preenchessem os critérios de elegibilidade elencados: ser maior de 18 anos, em união estável ou casados com companheira também maior de 18 anos. A coleta do material empírico ocorreu no período de 28 de novembro 2013 a 07 de dezembro de 2013, através de visitas domiciliares. O tratamento do material empírico ocorreu por meio da análise temática de conteúdo que resultou em seis categorias temáticas, para uma melhor compreensão dos resultados encontrados. Dessa forma, evidenciou-se a importância das políticas públicas da saúde do homem, com as demais que permeiam a humanização da atenção pré-natal, parto e puerpério, bem como, a necessidade de uma modificação da assistência dos profissionais de saúde, para uma melhor condução e atendimento do homem em todo este processo. Assim, foi notório perceber que os homens sentem dúvidas e inseguranças que permeiam a gestação. Os pais relataram a necessidade de acompanhar e participar mais ativamente do pré-natal, mas são impedidos por muitos entraves dispostos na sociedade atual.