INTRODUÇÃO: A eutanásia é designada como ação médica que tem por finalidade abreviar a vida das pessoas. Essa prática é legalmente proibida no Brasil e os profissionais da saúde devem estar cientes dessas questões legais e dos códigos deontológicos que mencionam claramente essa proibição. Ao mesmo tempo em que o avanço da tecnologia tem permitido a cura de várias enfermidades, tem também permitido que o processo de morrer seja prolongado e tratado como um fenômeno puramente biológico, prolongando assim o sofrimento do paciente, como também da família. Devido à revolução científica e tecnológica, houve, sem dúvida, novas esperanças para a humanidade. Porém, tal fato acarretou perigos e questionamentos éticos que exigem vigilância atenta. OBJETIVO: Desencadear uma reflexão acerca dos conflitos éticos que envolvem o processo de eutanásia no fim da vida. METODOLOGIA: estudo de revisão bibliográfica, realizada nos bancos de dados Bireme e Scielo, cujos descritores são: Eutanásia e Bioética, utilizando artigos em texto completo, da língua portuguesa, entre os anos de 2003 a 2013. RESULTADOS: Na temática, o posicionamento dos profissionais da área da saúde no que se refere à eutanásia, observou-se poucos estudos relacionados à pesquisa sobre a opinião dos profissionais da saúde acerca desta temática, e dos poucos estudos encontrados, verificou-se que o conceito desta era de conhecimento dos profissionais. Percebeu-se que a abordagem sobre a terminalidade e temas correlatos não são discutidos de forma suficiente na graduação e nos processos de capacitação. E na última temática do presente estudo, conflitos encontrados no poder de decisão pela equipe de saúde, família e paciente, observou-se que no poder de decisão há influências dos aspectos religiosos, profissionais, éticos e legais neste processo, que foi bastante discutido na maioria dos artigos desta revisão. Um dos fatores dificultantes identificados para essa assistência de acordo com o que preconiza a filosofia dos cuidados paliativos é a pouca compreensão da equipe médica acerca desta filosofia e pelo receio dos profissionais de saúde de estarem infringindo normas legais. CONCLUSÕES: Não existe consenso na literatura em relação aos critérios para a retirada e a manutenção do suporte terapêutico frente ao paciente no processo de morrer. Sugere-se, então, a ampliação de espaços profissionais e acadêmicos de debate e reflexão sobre o tema.