Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
VIVER COM ESCLEROSE MULTIPLA: MUDANÇAS E ENFRENTAMENTOS
Relatoria:
SIMONE OTILIA CABRAL NEVES
Autores:
- Fernanda Carolyne Barboza Cabral
- Jossiele Ferreira Matos
- Glebson Moura Silva
- Simone Yuriko Kameo
Modalidade:
Pôster
Área:
Cultura, política e história da enfermagem no mundo
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A esclerose múltipla é a mais comum entre as patologias desmielinizantes e acometem geralmente adultos jovens na fase mais produtiva de suas vidas. Trata-se de uma doença potencialmente incapacitante que interfere em inúmeros aspectos da vida dos portadores. Tem como objetivo analisar percepções de indivíduos com esclerose múltipla em relação à evolução clínica da doença e aplicar a sistematização da assistência de enfermagem , a sujeitos cadastrados na Associação Sergipana de Combate à Esclerose Múltipla em Aracaju/SE. O estudo é de cunho exploratório, com abordagem qualitativa, por meio de pesquisa-ação, a qual contou com oito participantes e teve como instrumento a entrevista semiestruturada e SAE. A coleta de dados foi realizada através de entrevistas e do acompanhamento sistematizado destes indivíduos; analisados por meio de análise de conteúdo. Os resultados da pesquisa confirmam a predominância de acometimento da doença no sexo feminino e adulto jovem. Após análise dos relatos dos entrevistados surgiram três categorias: o adoecimento e suas consequências; mudanças: convivendo com a EM e o papel da família frente ao portador de EM. Os primeiros sintomas ocorrem de forma inesperada e diferenciada em cada portador, não sendo reconhecidos devido à variação do quadro clínico, obtendo diagnósticos incorretos e demora no diagnóstico fechado de EM. O aspecto limitador da funcionalidade dos portadores não apresentam somente problemas de ordem física, como as dificuldades enfrentadas nas atividades de vida diária, apresentam situações de conflito acrescentadas pelos distúrbios emocionais em relação ao quadro clínico. A SAE apontou para uma necessidade premente da avaliação neurológica, apontando como principais diagnósticos de enfermagem: Mobilidade física comprometida relacionada à fraqueza muscular, espasticidade e falta de coordenação; Fadiga relacionada ao processo patológico e ao estresse da adequação; Processos familiares alterados ligados a incapacidade de preencher as funções esperadas; Disfunção sexual relacionada ao processo da doença. Evidenciado por meio de alguns achados: sentimentos de desamparo e desesperança, perda de interesse nas atividades diárias, alterações do sono, entre outros. Portanto, constatou-se que a evolução da EM são distintas, já que a mesma se comporta de maneira diversificada diante do comprometimento físico, cognitivo e biopsicossocial, além da própria construção interior do ser doente, independente da progressão da doença.