A violência contra crianças é um grave problema de saúde, que deve ser identificado e abordado por profissionais que atuam na área. Entre as modalidades de violência intrafamiliar identificadas contra crianças, destacam-se a física, psicológica, negligência e sexual. A pesquisa objetivou-se em enfatizar as atribuições do profissional de enfermagem diante dessa problemática no ambiente intrafamiliar. Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura sobre a violência infantil, em que foram analisadas 17 publicações sobre o tema, obtidos nas bases de dados (SCIELO, LILACS, BDENF e CAPES), com data de publicação entre 2003-2013. Os critérios de inclusão foram os artigos publicados em português; com os seguintes descritores “maus-tratos”, “violência doméstica” e “enfermagem”. A partir das publicações, foram abordados os tipos de violência infantil intrafamiliar e seu reconhecimento; a importância do diagnóstico na identificação dos maus-tratos; como também as consequências da violência no desenvolvimento da criança e o papel do enfermeiro diante da problemática exposta. Neste sentido, verificou-se que as obras nacionais enfatizaram a importância do diagnóstico como a primeira etapa na atenção de enfermagem à criança vítima de violência familiar. Estudos ressaltam o aspecto cíclico desse processo da violência, destacando para o fato de que a criança marcada pela vivência de qualquer uma das formas de agressões acaba se transformando em um adulto violento e possivelmente um agressor no futuro. Embora o papel do profissional de enfermagem tenha sido pouco abordado nos artigos analisados, observa-se a importância da capacitação do mesmo no cuidado das vítimas de violência, assinalando a relevância da inclusão da temática no currículo da graduação. A revisão permite uma ampla compreensão sobre a violência na infância, útil para o profissional que atua na saúde e que deve estar preparado para identificar e atuar adequadamente frente aos casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos.