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Anais - 17º CBCENF

Resumo

Título:
PADRÃO DE CONTATO COM AS ÁGUAS E RISCO PARA INFECÇÃO PELO SCHISTOSOMA MANSONI EM ÁREA PERIURBANA
Relatoria:
PATRÍCIA SILVA DO NASCIMENTO SANTIAGO
Autores:
  • ALLAN DANTAS DOS SANTOS
  • KARINA CONCEIÇÃO GOMES MACHADO DE ARAÚJO
  • ANDREIA FREIRE DE MENEZES
  • MARCIO BEZERRA SANTOS
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A esquistossomose mansônica é uma doença infecciosa, de caráter crônico ou agudo, endêmica em vários Estados do Brasil. Sua ocorrência está intimamente relacionada a precárias condições socioambientais e as maiores prevalências em humanos encontram-se no Nordeste. O Estado de Sergipe apresenta uma das maiores prevalências do país. A morbidade da doença está associada, entre outros fatores, à intensidade e duração da infecção e à resposta imune do hospedeiro aos antígenos do parasito. A carga parasitária, por sua vez, é influenciada pelo grau de contato com a água, reflexo das condições socioeconômicas e culturais da população. Este estudo objetivou determinar a associação entre o padrão e grau de contato com as águas como o fator de risco para a infecção pelo S. mansoni em área periurbana da cidade de Aracaju/SE, no ano de 2011. A pesquisa foi realizada em dois momentos: a) inquérito coproscópico censitário; b) aplicação de questionário para levantamento do padrão de contato com as águas associados à ocorrência e transmissão da doença. Na análise dos dados descritivos foram utilizados os programas Microsoft Excel 2007 e BioEstat (versão 5.0). A análise estatística foi realizada através do Teste Qui-Quadrado, Teste G e Regressão Logística Múltipla. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Federal de Sergipe – UFS nº CAAE - 12443513.3.0000.5546. Constatou-se que a prevalência da infecção foi de 5,4%, em 2011; prevaleceu a infecção leve com 72,7% segundo carga parasitária; em relação ao sexo dos sujeitos infectados, a infecção pelo S. mansoni prevaleceu no sexo masculino 63,7%. Ocorreu relação significativa com a positividade para esquistossomose no referido bairro em estudo entre as variáveis: o contato com as águas nos 12 meses anteriores ao diagnóstico (p<0,0001), distância da residência aos mananciais menor que 100 m (p = 0,0132) e o não tratamento da água para consumo no domicílio (p = 0,0068); 50,79% dos casos positivos apresentaram grau de contato intenso (grau II). Dentre os casos negativos e que referiram ter contato com águas, a grande maioria 77,19% apresentaram grau de contato menos intenso (grau I). Indivíduos que realizavam atividades de pescar e atravessar o córrego tiveram um maior risco de infecção. Assim, o contato com água permaneceu significativamente associado à infecção pelo S. mansoni, após a análise multivariada.