Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
ALTA HOSPITALAR: ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM EM UM HOSPITAL DO INTERIOR SERGIPANO
Relatoria:
ANDREIA FREIRE DE MENEZES
Autores:
- GARDÊNIA GONÇALVES DANTAS MENEZES
- GLEBSON MOURA SILVA
- ALLAN DANTAS DOS SANTOS
- ROSEMAR BARBOSA MENDES
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O planejamento de ações na alta hospitalar é uma das maiores preocupações para se garantir a continuidade da terapêutica e evitar novas internações. O estudo objetivou verificar o conhecimento dos pacientes sobre as informações adquiridas em hospitalizações anteriores com vista a redimensionar o processo educativo realizado pela enfermagem, na alta hospitalar. A pesquisa foi de natureza qualitativa, descritiva, exploratória, tendo como cenário a clínica médica o Hospital Regional de Lagarto, Sergipe; a amostragem foi aleatória composta por 40 pacientes internados com diagnóstico de hipertensão ou diabetes e histórico de mais de uma internação; a coleta de dados foi efetivada por meio de formulário estruturado, analisado estatisticamente e por análise de conteúdo. Os resultados apontaram as seguintes categorias: entendimento do paciente frente à patologia - 72,5% dos entrevistados demonstraram conhecimento insatisfatório sobre sua doença e 27,5% tinham um conhecimento superficial ou incoerente frente ao diagnóstico em seu prontuário, evidenciando, em suas falas, que eles consideram questões psicológicas como principal fator desencadeante; profissional responsável – 52,5% receberam orientação para alta hospitalar apenas do médico, 20% dos enfermeiros em parceria com os médicos e apenas 5% relataram ter recebido orientação somente do enfermeiro, portanto, o médico torna-se a referência dos pacientes, alguns apontaram o auxiliar de enfermagem como responsável pelo seu cuidado, desconhecendo a figura do enfermeiro; preparação para autocuidado - 52,5% afirmaram que as orientações aconteciam na saída da hospitalização, o que dificulta as ações de autocuidado necessárias para dar continuidade ao tratamento; participação do cuidador - 45% afirmaram terem sido internados várias vezes no ano, o que revela a necessidade de uma preparação não só do paciente, mas do cuidador familiar que dará continuidade as atividades; referência e contra referência - 65% não foram orientados quanto ao acompanhamento pós-alta, o que dificultou a adesão nas Unidades Básicas de Saúde, ferindo a integralidade da atenção à saúde e ocasionando a desarticulação entre os níveis do sistema. Desta forma, sugere-se o desenvolvimento de estudos sobre iniciativas institucionais que executem preparo de alta hospitalar, analisando o perfil dos pacientes suscetíveis à reinternação, com criação de um plano educacional pós-alta, integralizando a atenção secundária e a rede de atenção primária.