O crescimento do número de idosos no mundo é indiscutivelmente evidente e esse fato nos faz refletir se a assistência de saúde prestada a essa esfera da população está sendo suficientemente adequada. Nisso inclui-se a saúde oral, que também merece atenção dos serviços de enfermagem, já que uma higiene oral satisfatória contribui para minimizar os riscos de complicações e o tempo de internação do paciente. Os objetivos deste estudo foram avaliar as condições de saúde bucal de idosos cardiopatas hospitalizados, assim como identificar o grau de dependência do idoso para realizar a sua higiene bucal e analisar, em conjunto com as condições de saúde bucal, as variáveis alcoolismo, tabagismo e uso de medicamentos. Para isso trata-se de um estudo seccional, que como técnicas de coleta de dados foi aplicado um formulário com perguntas fechadas, com possibilidade de quantificação das mesmas, e realizado exame clínico da cavidade oral de cada um dos participantes. A amostra da pesquisa foi de 20 idosos que estavam hospitalizados no período de agosto a outubro deste ano. O local da pesquisa foi um hospital público em enfermarias que atendem a pessoas na fase aguda de várias doenças entre elas as cardiovasculares. A maior frequência encontrada foi de idosos com faixa etária de 65-75 anos (50%), sexo masculino com diagnóstico médico de hipertensão arterial (85%) ou/e Insuficiência cardíaca congestiva (85%), casados (70%), pais (100%), residindo com a esposa e filhos (50%), ex-tabagistas (85%), ex-alcoolistas (90%) e consomem aproximadamente 3 medicamentos ao dia (35%).No tocante a higiene bucal podemos afirmar que eles não vão ao dentista (90%), apresentam higiene oral insuficiente (65%), os dentes estão parcialmente ausentes (60%) e cariados (91,7%) ,quanto ao aporte salivar apresentam xerostomia (55%), entretanto não sentem dor ao mastigar e escovam os dentes sem ajuda de outras pessoas (90%).