INTRODUÇÃO: O excesso de drogas continua sendo um grande problema de saúde pública em nossa sociedade. Entretanto, quando incide a associação de drogas e gestação os prejuízos podem ser irreversíveis, prejudicando não só a usuária assim como o feto e o neonato. Ainda hoje é difícil avaliar os efeitos do crack na gestação uma vez que a realização de estudos Coorte apresentam problemas como à exposição a múltiplas drogas, dificuldade de acompanhamento e reconhecimento dessas gestantes, visto que a maioria tende a negar o uso da droga. MATERIAL E MÉTODO: O presente trabalho de conclusão de curso foi realizado através de uma revisão da literatura sistemática e atual. Evidencia-se como descritivo exploratório de investida qualitativa, ocorrendo por meio de consulta nas bases de dados ScientificElectronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Manuais e Boletins do Ministério da Saúde. Critérios de inclusão: artigos disponíveis na íntegra que abordem a temática estudada. O critério de exclusão foi publicações que não correspondiam ao objetivo do estudo, e que se encontravam sob a forma de resumo. RESULTADO E DISCUSSÕES: Observa-se que a prevalência do uso do crack é elevada e que poderá ser a causa de prematuridade, hemorragia intracraniana, aborto, de alterações de comportamento nos primeiros dias de vida, de microcefalia, de morte súbita no leito, de possíveis malformações e de formas sutis futuras de morbidade neurológica, cognitiva e comportamental, de difícil avaliação e quantificação no momento atual. Crack e gravidez representam, portanto, combinação indesejável que deve ser evitada e combatida. No Brasil esse problema já vem sendo enfrentado há um tempo considerável e as pesquisas a respeito do crack não acompanham o número de crescimento de usuárias obstétricas. CONCLUSÃO: Não ficou ainda estabelecido como e em que intensidade o crack levaria a efeitos negativos neurológicos e cognitivos a longo prazo no concepto. Os resultados são inconclusivos e controversos. A "epidemia" do uso da cocaína, principalmente do "crack" é relativamente recente, os estudos são escassos e os testes aplicados para avaliação merecem aperfeiçoamento. O uso do crack é um grande problema de saúde pública, repercutindo de maneira assustadora na sociedade em que vivemos. Nas gestantes esse problema ganha ainda mais importância, pois a exposição dessas pacientes às drogas pode levar ao comprometimento irreversível da integridade do binômio mãe-feto.