Introdução: o trabalho em questão trata do compartilhamento de experiências durante o desenvolvimento da pesquisa intitulada "Capacitação de Agentes Comunitários de Saúde para a prevenção e controle do câncer"?, vividas no município de Barcarena-PA no período de janeiro a abril de 2014. Durante este referido período foi possível uma aproximação das possibilidades de intervenção do enfermeiro na Atenção Básica. Particularmente neste trabalho, dedicou-se em elaborar e testar uma intervenção que colaborasse para o controle do câncer pela Atenção Básica, sendo o enfermeiro coordenador de toda a ação. Objetivo: Neste contexto, pretende-se expor percepções sobre o papel do enfermeiro como mentor de ações para Atenção Básica. Descrição da experiência: teve-se a oportunidade de conhecer profundamente, ferramentas que podem ser utilizadas por enfermeiros de ESF para intervenções de cunho individual e coletivo a fim de alcançar mudanças de comportamento, referentes ao estado de saúde, permitindo dessa forma, uma discussão entre as teorias trazidas da academia e as experiências vividas no ambiente prático da comunidade em questão. Resultados: No decorrer da experiência pode-se estudar e refletir sobre a importância da atuação do enfermeiro em ações que reflitam de fato na mudança de comportamentos negativos na comunidade. No entanto, há de se destacar que os princípios de trans e interdisciplinaridade devem ser levados em consideração no planejamento de toda e qualquer ação, já que para as intervenções terem, de fato, um resultado positivo, toda a equipe deve trabalhar em conjunto. Conclusão: Ao associar as experiências e conhecimentos trazidos da academia com o ambiente prático, percebeu-se que as possibilidades do enfermeiro da ESF intervir sobre o processo saúde-doença, podem ser múltiplas, no sentido de terem abordagens e formatos diferentes. Assim, é importante destacar entre as ferramentas que este profissional pode utilizar para intervenções, além de um planejamento meticuloso, está a Educação em saúde emancipatória e a interdisciplinaridade, no sentido de planejar ações para e com toda a equipe. Há necessidade, ainda, de se oportunizar ouvir mais e com maior frequência os usuários do SUS, pois se os profissionais compreenderem o contexto e as culturas que os rodeiam, poderão alcançar propósitos altamente positivos para o pleno desenvolvimento de intervenções e, assim, alcançar o bom funcionamento do sistema público de saúde de nosso país.