INTRODUÇÃO: A compreensão sobre crescimento e desenvolvimento normais ajuda o profissional enfermeiro a prever, prevenir e detectar quaisquer desvios dos padrões esperados. Dentre os principais transtornos do desenvolvimento infantil, destacam-se os transtornos da aprendizagem, da habilidade motora, da comunicação, o déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), bem como os transtornos globais do desenvolvimento. O presente estudo busca abranger uma discussão sobre o papel do profissional Enfermeiro na identificação precoce de possíveis transtornos no desenvolvimento infantil. Pretendeu-se com esse trabalho buscar subsídios fornecidos pelos próprios enfermeiros que instrumentalize um conjunto de indicadores na detecção precoce de transtornos no desenvolvimento infantil, viabilizando a procura adequada da equipe especializada para o diagnóstico, e assim provavelmente minimizar os efeitos negativos das alterações no desenvolvimento das crianças. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo analisar o papel do Enfermeiro na detecção precoce de prováveis alterações no Desenvolvimento Infantil. METODOLOGIA: É um estudo descritivo exploratório de abordagem quantiqualitativa realizado em 15 Unidades Municipais de Saúde (UMS's) vinculadas a Secretaria Municipal de Saúde (SESMA) no município de Belém-PA com 15 enfermeiros de ambos os sexos atuantes no Programa de Assistência Integral à Saúde da Criança (PAISC) nas UMS's previamente selecionadas após ser aprovado pelo comitê de ética mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), que contém o que preconiza o Conselho Nacional de Saúde (CNS/MS) de acordo com a resolução 466/12. RESULTADOS: Durante a analise dos dados foi constatado que 100% dos enfermeiros possuem capacitação para o atendimento à saúde da criança. Embora todos saibam da importância do uso da ficha de Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento preconizada pelo Ministério da Saúde, apenas 6,66% a utilizam. Percebe-se ainda, o equívoco dos enfermeiros quanto às diferenças conceituais entre Crescimento e Desenvolvimento. CONCLUSÃO: Por meio deste estudo, verificou-se que a utilização da ficha de Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento como instrumento de trabalho não faz parte da rotina dos enfermeiros que atuam no PAISC, devido as grandes atribuições que cabem a estes profissionais, fica evidenciado que os enfermeiros necessitam ser treinados no uso da ficha.