A avaliação da Qualidade de Vida Relacionada à Saúde (QVRS) em pacientes com Doença Renal Crônica (DRC) é extremamente relevante para realizar o planejamento da assistência de Enfermagem. Além disso, pode contribuir para que o enfermeiro atue com destreza e segurança no atendimento a esses pacientes com a finalidade de satisfazer suas necessidades eminentes, prevenir complicações e almejar a melhor QVRS possível. Este trabalho objetivou caracterizar o perfil sociodemográfico e avaliar a QVRS de 113 pacientes em tratamento hemodialítico atendidos na Clínica de Nefrologia de Imperatriz (CNI) – MA. Foi realizado estudo transversal no período de janeiro a julho de 2013. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão, sob o parecer nº 056/2012. Os dados foram obtidos pela aplicação de dois instrumentos: um relativo ao perfil sociodemográfico e o outro, a versão brasileira do questionário Kidney Disease and Quality of Life–Short Form (KDQOL-SF) para avaliar a QVRS. A análise dos dados foi realizada pelo programa produzido pelo KDQOL-SF Working Group e as médias entre o sexo masculino e feminino foram comparadas por meio do teste t de Student, com uso do programa SPSS. Observou-se que a maioria dos entrevistados é do sexo masculino (63,7%), com idade média de 50,4 (± 16,0) anos, tempo médio de tratamento hemodialítico de 25,7 (±20,3) meses, casada (58,1%), com ensino fundamental incompleto (46,9%). Em relação à situação funcional, 82,3% dos investigados eram aposentados ou recebiam um subsídio do Instituto Nacional de Seguro Social por doença e 79,6% declararam rendimentos mensais entre 1 a 2 salários mínimos. Quanto à QVRS, as dimensões “Papel profissional” (13,72), “Sobrecarga da doença renal” (33,46), “Função física” (41,81) e “Função emocional” (50,15) obtiveram os menores escores. Os maiores escores foram obtidos pelas dimensões “Estímulo por parte da equipe de diálise” (92,48), “Função sexual” (88,08), “Função cognitiva” (87,67) e “Qualidade da interação social” (85,72). O sexo feminino apresentou dimensões genéricas e específicas menores do que o sexo masculino, 56,42 (±12,93) e 65,44 (±23,94), respectivamente. Assim, foi possível observar que os indivíduos em hemodiálise sofrem grandes alterações na sua qualidade de vida, as quais indicam que aspectos físicos, emocionais e profissionais estão influenciando-a negativamente.