INTRODUÇÃO: O cenário da graduação em Enfermagem vem sendo mudado desde a promulgação do Sistema Único de Saúde, pois este tem como foco a Atenção Primária, aumentando a oferta de empregos na área da enfermagem. Sendo assim, observou-se nos últimos anos um grande número de instituições ofertando o curso de Enfermagem, simultaneamente, cresce a preocupação com a forma que está sendo realizada essa formação. OBJETIVO: Identificar na literatura os desafios na formação do enfermeiro. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa referente a formação do enfermeiro, realizada nas bases de dados BVS, LILACS e Scielo cujos descritores foram educação em enfermagem, educação superior e avaliação educacional. Foram incluídos artigos dos últimos cinco anos. RESULTADOS: Verificou-se na literatura que no curso de Enfermagem ainda há predominância do sexo feminino, sendo que a faixa etária dos ingressos varia entre 18 e 25 anos. O ingresso de estudantes cada vez mais jovens caracteriza-se como um dos desafios para a formação, visto que grande parte ainda não atingiu o grau de maturidade necessário para atuar na saúde, a falta de conhecimento sobre a profissão também é um agravante, a maioria dos ingressos entram no curso devido a facilidade do acesso ao ensino superior, ao aumento do número de vagas e ao desejo de ascensão salarial, portanto muitos não sabem a função do enfermeiro. O déficit de conhecimento prévio do ensino médio e do fundamental também foi identificado como uma dificuldade, além do grande número de cursos no turno noturno o que dificulta o ensino da prática. Outro dado relevante foi o fato de que os professores normalmente estão afastados da assistência, sendo, portanto teóricos, isso atrapalha o processo de ensino-aprendizagem, pois o curso de Enfermagem necessita da conciliação entre a teoria e a prática. A carga horária dos estágios foi verificada como insuficiente para a quantidade de locais que o acadêmico precisa atuar proporcionando assim pouca vivência em campo antes da formação. CONCLUSÃO: Concluiu-se que as características sócio-demográficas dos ingressos estão mudando, sendo necessário verificar mais profundo os desafios que tal mudança oferece para a formação do enfermeiro, verificou-se ainda que dentre os desafios achados na literatura, o que mais interfere na formação do enfermeiro é o ingresso no curso apenas pelo fato de ter uma formação superior, pois ao fim do curso, serão formados profissionais frustrados.