O conceito de vulnerabilidade social requer olhares para múltiplos planos, e, em especial, para estruturas sociais vulnerabilizantes. Sendo a deficiência no acesso a educação, lazer, trabalho e cultura, o principal fator para o crescimento da situação de vulnerabilidade social. Contudo, a vulnerabilidade opera apenas quando o risco está presente; sem risco, vulnerabilidade não tem efeito. A criança na condição de ator social, tem uma maneira particular de participar e reagir aos diferentes contextos sociais, o que as torna mais ou menos vulneráveis. Por tanto, os riscos estão associados, por um lado, como situações próprias do ciclo de vida das pessoas e, por outro, com condições das famílias, da comunidade e do ambiente em que as pessoas se desenvolvem. Objetiva-se com este estudo apresentar uma revisão integrativa sobre vulnerabilidade social e saúde da criança, promovendo um levantamento e análise de publicações no contexto brasileiro nos últimos dez anos. Esta pesquisa trata-se de um estudo de revisão integrativa. O levantamento bibliográfico do estudo foi realizado na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios utilizados para a seleção da amostra foram: período de publicação: de janeiro de 2004 a abril de 2014; idioma português; trabalhos publicados no formato de artigos científicos e que abordassem o objeto de estudo, que estejam disponibilizados online no formato completo para análise. Após a busca na base de dados com a utilização dos critérios supracitados, foram identificados sete artigos e a amostra final foi composta por cinco artigos científicos produzidos pela área de saúde. O estudo apontou aspectos importantes: a fragilidade clínica, que envolve a exposição ao adoecimento e o risco de vida pela descontinuidade do uso de medicamentos pela criança e a vulnerabilibidade social pelo contexto econômico desfavorável e ainda pelo desconhecimento, por parte dos cuidadores familiares, dos direitos da criança aos programas sociais. A pesquisa ressalta ainda a importância dos pofissionais da saúde buscarem articular as diretrizes políticas e as práticas de saúde, procurando ampliá-las através de pesquisas e criação de tecnologias que possibilitem a reorganização das práticas de saúde da família e da atenção integrada às doenças prevalentes na infância (AIDPI). A definição de bases de apoio formais e informais, bem como os recursos familiares e comunitários, são os elementos fundamentais para o desenvolvimento saudável da criança.