A sociedade brasileira vivencia atualmente, uma transformação no modelo de assistência ao paciente com transtorno psiquiátrico, conhecida nacionalmente desde a década de 80, como Reforma Psiquiátrica Brasileira. A política nacional de atenção integral em saúde mental, vigente no Brasil, objetiva reduzir progressivamente os leitos em hospitais psiquiátricos, expandindo, qualificando e fortalecendo a rede extra-hospitalar através da implementação de serviços substitutivos extra-hospitalares. No entanto, não consta nas atividades das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) um instrumento que realize uma busca ativa se tratando da saúde mental da população. Com isso, tornou-se de grande importância a realização de tal atividade, no intuito de realizar a busca ativa, promoção, prevenção e articulação da rede de Saúde Mental em uma comunidade atendida pela ESF no município de Teresina/PI. Este trabalho é um relato de experiência da realização da aplicação de instrumentos durante a visita domiciliar como estratégia de promoção e prevenção de agravos em saúde mental em uma comunidade atendida pela ESF no município de Teresina/PI. No decorrer da visita houve a aplicação de dois questionários, ambos com uma linguagem clara e objetiva, facilitando a compreensão acerca das questões abordadas. A primeira parte envolvia questões referentes ao estado de saúde física e mental e a segunda parte continha questões referentes ao consumo de bebidas alcoólicas nos últimos doze meses. Juntamente com os dois questionários supracitados, utilizou-se um Roteiro de Visita domiciliar, no qual algumas informações pessoais de cada morador eram anotados, bem como os escores dos questionários supracitados. As informações coletadas possibilitaram o reconhecimento de fatores que, isoladamente ou em conjunto, poderiam desencadear o desenvolvimento ou agravo de disfunções psíquicas, sendo então realizados encaminhamentos quando identificado necessidade de cuidado especializado. Recomenda-se a aplicação de instrumentos que possibilitem detectar intercorrências na saúde do individuo e família, por se tratar de uma importante estratégia para a atenção básica, pois possibilita a realização de um plano assistencial familiar, favorecido pelo atendimento domiciliar, resultando em uma assistência mais humanizada, resultando em uma promoção de saúde mental e prevenção de agravos mais eficaz.