Anais - 17º CBCENF
Resumo
Título:
BIOÉTICA E O DIREITO A DIGNIDADE NO ESTÁGIO TERMINAL DA DOENÇA DE ALZHEIMER
Relatoria:
BRUNO DE OLIVEIRA SANTOS
Autores:
- Mary Elizabeth de Santana
- Cristal Ribeiro Mesquita
- Thayse Moraes de Moraes
- Ana Beatriz de Oliveira Santos
Modalidade:
Pôster
Área:
Ética e legislação em enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: O crescimento da população idosa determinou profundas transformações no sistema de saúde, repercutindo inevitavelmente na relação enfermeiro-doente, que implicaram em alterações éticas. Destaca-se então, o envelhecimento associado à ocorrência de doenças crônico-degenerativas, a exemplo da doença de Alzheimer, principalmente, em seu estágio terminal, que apresenta muitas particularidades e requer cuidados especiais por parte dos enfermeiros ao lidarem com seus desafios éticos. Nesse sentido, fazem-se necessárias discussões acerca do que á a doença de Alzheimer, envelhecimento, e, principalmente, o que é ter direito à dignidade na fase terminal da vida. Objetivo: Induzir reflexões bioéticas aos acadêmicos de enfermagem no que diz respeito aos indivíduos acometidos pela doença de Alzheimer em seu estágio terminal. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante as aulas-práticas de acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado do Pará. O cenário do estudo compreendeu um Centro Escola, em Belém-Pará. O período de realização do estudo estendeu-se de março a abril de 2014. Resultados: Durante a prática percebeu-se que no estágio terminal da Doença de Alzheimer, a qualidade de vida, muitas vezes, não é prioridade, visto que não há indício de autonomia por parte do indivíduo, fazendo com que se reflita sobre ações bioéticas que proporcionem o máximo de dignidade e conforto. As ações de enfermagem observadas com enfoque na Bioética levaram ao cuidado com os pacientes de forma digna, dando-lhes todo o suporte psicológico, espiritual e emocional assim como a seus familiares, e oferecer-lhes assistência de excelência para que desfrutem de uma vida digna. O enfermeiro deve buscar encarar o indivíduo de forma holística, dotado de corpo, mente e espírito, somando saberes e valores humanos, fornecendo ao doente consolo e conforto. Conclusão: O paciente com doença de Alzheimer passa por fases difíceis de serem enfrentadas, onde ocorre a diminuição da memória, dificuldades de raciocínio e pensamento, e alterações comportamentais, cujo resultado final é um indivíduo que não pode mais ser dono de si, devido ao processo de involução que gera dependência, cobranças e conflitos, principalmente quando se trata do estágio terminal da doença. Contudo, mesmo diante da morte, o indivíduo deve ser visto de forma ampla, em uma visão bioética e holística, que foque proporcioná-lo dignidade e conforto.