Introdução: Com o passar dos anos, verifica-se um aumento na perspectiva de vida da população em todo o mundo. Mas, o que fica evidente, é que aumenta-se a idade e não a qualidade de vida das pessoas, no modo com que elas lidam em questões relacionadas à saúde. Diante disso, os idosos, continuam a enfrentar diversos agravos de saúde, expressos em diversas doenças crônicas, sem avançar de forma conjunta a esse aumento na perspectiva de vida. Em 2000, o Ministério da Saúde implantou o Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao Diabetes Mellitus e criou o Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos (HIPERDIA), utilizado em todas as Estratégias de Saúde da Família. O plano, tem como objetivo o controle da hipertensão e do diabetes, que apesar de serem doenças de baixa gravidade, caracterizam-se por sua cronicidade, além de serem fatores de risco para um grande número de morbidades cardiovasculares, aos que geram enormes danos socioeconômicos para o país. Seguindo os princípios da bioética, as ações do HIPERDIA, tendem a maximizar a atenção dedicada aos idosos, trazendo a eles um momento de conhecimento e promoção de saúde. Nesse sentido, a bioética é importante nas discussões que abordem os direitos e a dignidade dos idosos, pois, com o aprofundamento no estudo da Bioética, é garantida a universalidade do acesso à saúde, à integralidade e uma assistência de enfermagem de forma efetiva. Esses temas, tratados à luz da Bioética, nada mais tendem do que auxiliar a prática biomédica, que refletirão na população como um todo. Objetivo: Identificar a percepção da autonomia, respeito e dignidade, de idosos participantes do HIPERDIA de uma amostra de unidades de ESF do município de Dourados/MS. Metodologia: Desenvolvida com idosos cadastrados no programa HIPERDIA, das ESF 29, 30, 31 e 32. Os dados são coletados através de entrevistas gravadas e posteriormente transcritas. Resultados: Participação passiva nas reuniões do HIPERDIA, e nas unidades de saúde, a maioria é tratada com respeito e dignidade, onde recebem a assistência devida, porém, não são autônomos em seu tratamento, não participavam dessas decisões, apenas concordavam com quem o atendia. A maioria não está satisfeita com as informações sobre as doenças, medicamentos, seus efeitos e reações. Conclusão: As implicações encontradas durante a pesquisa concentram-se na questão da autonomia e no fornecimento de informações pertinentes à saúde desses idosos como um todo.