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Anais - 17º CBCENF

Resumo

Título:
HISTÓRIA DE VIDA DAS MULHERES GRÁVIDAS NO AMBIENTE PRISIONAL
Relatoria:
EMANUELLE HELENA SANTOS COSSOLOSSO
Autores:
  • MARIA TITA PORTAL SACRAMENTO
  • TATIANA MENEZES NORONHA PANZETTI
  • CLARINA DE CÁSSIA DA SILVA CAVALCANTE
Modalidade:
Pôster
Área:
Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo:
Dissertação
Resumo:
A situação prisional no Brasil é preocupante, pois dados do Departamento Nacional Penitenciário mostram que a população de pessoas privadas de liberdade vem aumentando e a população de mulheres também vem acompanhando essa tendência. No Pará, em 2008, o número de mulheres presas era de 332, este número cresceu para 523 em 2009 e contava com 574 mulheres em 2010. A condição de mulher grávida no ambiente prisional deve ser melhor compreendida, visto que são seres já desrespeitados e vítimas de preconceitos antes mesmo de serem presos. A importância da assistência pré-natal para que a mulher desenvolva uma gravidez sadia justificou a realização deste estudo e a partir dos resultados buscou-se colaborar com o Serviço de Enfermagem no Sistema Penitenciário. O objetivo geral consistiu em compreender como as mulheres privadas de liberdade vivenciavam o período gestacional no ambiente prisional. Tratou-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa descritiva a partir do método da História de Vida, realizada no Centro de Recuperação Feminino (CRF) e Unidade Materno Infantil (UMI) em Ananindeua/PA. Fizeram parte do estudo as grávidas do CRF e UMI, custodiadas no período da coleta de dados e que atenderam aos critérios de inclusão. A coleta de dados foi feita através de entrevista semi-estruturada, a partir da autorização da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará, aprovação do projeto pelo Comitê de Ética da UEPA e assinatura do TCLE pelas entrevistadas. O material coletado foi submetido à análise de conteúdo. Os sujeitos da pesquisa relataram dificuldades, como a conduta de alguns agentes penitenciários/outros funcionários, alguns sentimentos evidenciados e a falta de medicamentos. Também relataram facilidades como o castigo e a alimentação diferenciados das demais internas. As ações da assistência pré-natal desenvolvidas para as mulheres grávidas constituíram-se em: aferição da pressão arterial, administração de medicamentos, pesagem, realização de exames sorológicos, vacinas, consultas e realização de ultrassonografia. Recomenda-se que mais estudos sejam realizados sobre este tema para o enriquecimento de conhecimento, que gestores e outros servidores percebam a importância em se compreender como as mulheres privadas de liberdade vivenciam o período gestacional no ambiente prisional e que enfermeiros e demais profissionais da saúde estejam aptos ao diálogo e à escuta de forma não julgadora, sendo atores de uma assistência de qualidade.