O cateter de inserção periférica a nível central (PICC) é um cateter de grande utilidade na área da neonatologia, e principalmente para os recém-nascido (RN) prematuro e de baixo peso, que fazem uso de hidratação venosa, nutrição parenteral e antibióticoterapia por mais de sete dias. A passagem do PICC pode ser feita pela veia em membros superiores como a veia basílica, cefálica, axilar e também em membros inferiores como a veia safena magna. A imaturidade do sistema vascular do RN reduz a repetição de punções venosas, surgindo a necessidade de novas alternativas para a realização da terapia intravenosa como a passagem do PICC em veias dos membros inferiores, principalmente para os RN’s com más formações cardíacas por dificultar a passagem do cateter. Objetivou-se relatar a experiência da equipe de enfermeiros neonatologistas habilitados em passagem do PICC em veias de membros inferiores. Sendo um estudo descritivo, do tipo relato de experiência desenvolvido com base na experiência dos enfermeiros habilitados em um hospital materno infantil de referência em obstetrícia e neonatologia, durante o período de novembro de 2008 à agosto de 2013. Neste período, foram passados 704 PICC no total e 211 PICC em membros inferiores, conforme registro da equipe de enfermagem. E ao longo das inserções, foram surgindo como alternativas a passagem do PICC em veias como safena direita (membros inferiores) em RN prematuros extremos, com flebites, infiltrações e eritema em membros superiores e alguns portando mal formações cardíacas. Constataram-se bons resultados das inserções do cateter em veias nos membros inferiores, entretanto o cuidado de enfermagem é fundamental para a durabilidade do cateter, pois o PICC em membros inferiores por ser mais longo pode apresentar resistência, caso não tenha uma boa manutenção. Tendo maior dificuldade para desobstrução do mesmo em relação ao cateter inserido em membros superiores. O estudo reporta-se que o cuidado de enfermagem para manutenção do cateter é o diferencial para sua durabilidade.