Introdução: O aleitamento materno traz benefícios comprovados cientificamente, para mãe, bebê, família e sociedade. Desta forma é preconizado pela Organização Mundial de Saúde, Fundação das Nações Unidas para Infância e pelo Ministério da Saúde como alimento exclusivo nos primeiros seis meses de vida da criança, com o objetivo de proteger, promover e apoiar a amamentação. No entanto, no Brasil o desmame precoce é muito comum, sendo que é uma condição de extrema relevância para o recém-nascido, e em alguns casos condição para sua sobrevivência, sendo considerada uma prática natural e eficaz, portanto um direito inato. Objetivos: Identificar à prevalência do aleitamento materno, bem como as causas do desmame precoce, segundo regiões do Brasil.Metodologia: Revisão integrativa cuja coleta de dados se realizou em setembro de 2013, nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em ciências da saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e a BDENF (Base de Dados de Enfermagem). Utilizaram-se os descritores: aleitamento materno, amamentação e desmame precoce. Os critérios de inclusão foram: publicações na modalidade de artigos e documentos de órgãos governamentais, disponíveis na íntegra, na língua portuguesa. Resultados: As publicações analisadas revelam que apesar da evidência sobre os benefícios e a necessidade do aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, no Brasil o desmame precoce ainda é uma situação preocupante. Dentre as principais causas destacam-se o uso de bicos artificiais, inserção da mãe no mercado de trabalho, falta de informações da mãe, introdução de chá, água, e outros tipos de leite, dificuldades para amamentar no pós-parto, falta de qualificação do profissional da saúde em incentivar as mães sobre a importância do aleitamento materno e mostrar os benefícios para o bebê. O aleitamento materno contempla alguns benefícios, entre eles estão a prevenção contra doenças infecciosas e diarreicas, proteção contra alergias, favorecimento no crescimento e desenvolvimento intelectual. Conclui-se que no Brasil, o desmame precoce ainda é prevalente, estando distante do cumprimento das metas propostas pela OMS e MS. A amamentação não é só um ato biológico, como também está relacionada à cultura, influenciada por mitos e crenças que vem sendo construídos ao longo da história da humanidade como uma herança sociocultural e, por muitas vezes, influenciando negativamente no sucesso do aleitamento materno.