O assédio moral está presente no cotidiano, entre as relações interpessoais, sendo vivenciado principalmente em ambientes de trabalho, podendo gerar desde a queda da autoestima até o surgimento de problemas de saúde no assediado. Assim sendo, surge o interesse de realizar um estudo que objetiva expor os aspectos históricos do assédio moral. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa fundamentada em pesquisa bibliográfica, onde foram utilizadas buscas online para a obtenção das amostras, tendo como resultado artigos, monografias, cartilhas e sites relacionados à temática. Esse tema não é novo, mas sua discussão sim. É um fato real, pouco estudado, presente no meio da labuta de muitos trabalhadores que vivenciam práticas tiranas pelos chefes e desconhecem o assunto. É uma realidade vergonhosa que abala e denigre a saúde física e mental do trabalhador causando depressão, angústia, e outros danos psíquicos. Desde os primórdios da humanidade e do surgimento do trabalho, o assédio moral existe e participa do processo disciplinar: nos ofícios dos antigos artesãos; nos casos de escravidão; nos feudos da Idade Média; nas indústrias da Era Moderna pós-Revolução Industrial, e perdura até hoje. As pesquisas envolvendo a figura do assédio moral iniciaram no ramo da Biologia, antes de serem desenvolvidas na esfera das relações humanas. Com os estudos de Konrad Lorenz, o qual analisou a conduta de determinados animais de pequeno porte físico quando confrontados com invasões de território por outros animais, especialmente um animal maior, revelaram um comportamento agressivo com intimidações do grupo para expulsar o invasor solitário, isto chamou sua atenção, e este comportamento foi chamado de mobbing, termo inglês que traduz a ideia de turba ou multidão, utilizado para definir as formas severas de tratamento dentro das organizações. Apenas por volta dos anos 70 nos Estados Unidos, que o termo “assédio moral” foi utilizado para designar qualquer exposição a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. Portanto, a quantidade de estudos referentes ao assédio moral ainda são escassos quando comparado a sua origem, sendo relevante o atual estudo, principalmente no campo da ética e bioética, em especial, no que tange as questões relacionadas a essa temática, possibilitando assim uma maior discussão e reflexão sobre o assunto.