O Diabetes Mellitus Gestacional é uma das complicações clínicas mais frequentes da gestação podendo atingir cerca de 1 a 3% das gestantes. Nos últimos anos, avanços importantes no conhecimento e controle do diabetes gestacional têm proporcionado uma queda significativa de sua mortalidade perinatal. Nesse sentido, levantou-se a seguinte questão norteadora: Como as gestantes de um serviço público de saúde percebem a realização do tratamento do diabetes mellitus? A pesquisa torna-se relevante, pois se denota a importância dos Serviços Público de Saúde, principalmente no contexto do pré-natal, como oportunidade de maior sensibilização e incentivo de regularidade do controle glicêmico pelas mulheres. Tendo como objetivo avaliar a percepção das gestantes com diabetes mellitus gestacional (DMG) sobre a doença e seu tratamento, em um serviço público de saúde da cidade de Petrolina-PE. Abordagem qualitativa, exploratório e descritivo. Foram realizadas 09 entrevistas semi-estruturadas, as quais foram transcritas e analisadas segundo a análise temática de conteúdo e posteriormente dividida em 03 categorias. Aprovado pelo Comitê de Ética e Deontologia em Pesquisa (CEDEP) da Univasf sob CAAE 0088.0.441.000-11. Portanto foi observado o desconhecimento e a falta de informação de algumas das gestantes sobre a doença e as complicações que podem ocorrer tanto para a mãe quanto para o feto, a falta de orientação ou orientações inadequada sobre a alimentação, atividade física e a insulinoterapia, além da observação de vários sentimentos que foram expostos no momento da entrevista. Dentre estes sentimentos, podemos perceber o medo e a angústia das gestantes, principalmente quando elas imaginavam as complicações que poderiam acontecer com o feto ou quando elas relembrar situações ocorridas com outros membros da família que tiveram DM. Porém, também foi observado que as gestantes não fazem uma ligação entres os fatores de risco para a DMG e seus antecedentes familiares e sua idade, muitas vezes por não conhecerem tais fatores de risco e por não terem recebido informações adequadas dos profissionais de saúde.