INTRODUÇÃO A obesidade vem aumentando sua prevalência de maneira expressiva em todo o mundo, fato que motivou a Organização Mundial da Saúde a qualificar tal situação como epidêmica. Esse aumento ocorreu em todas as faixas etárias, tanto nos países desenvolvidos quanto naqueles em desenvolvimento. É necessário analisar este evento através de um estudo epidemiológico a fim de concretizar ações preventivas direcionadas a idades diferentes. OBJETIVO Analisar as características epidemiológicas da população com obesidade no Brasil por meio de revisão. MATERIAIS E MÉTODOS Para coleta de dados, o método utilizado foi levantamento bibliográfico através de busca eletrônica de artigos indexados nas bases de dados Scielo, MedLine, ArXiv e Google Schoolar; a partir dos descritores: epidemiology, obesity, Brasil. Foram utilizados os critérios de inclusão: periódicos como veículo de publicação; limite de tempo entre 2000-2011; idiomas em inglês e português. RESULTADOS Foram encontrados 30 artigos nas referidas bases de dados, publicados entre 2002-2011. A obesidade infantil foi associada a níveis elevados de escolaridade do genitor e genitora; alta renda familiar; e presença, nas residências, de TV, computador, telefone e vídeo game. A obesidade adolescente mostra diferenças entre sexos. Nas meninas ocorre um aumento dos estoques de gordura, acompanhado de ganho da massa corporal. Já os meninos apresentam maturação adiantada e menor probabilidade de se tornarem adultos obesos. Tal evidência é atribuída ao fato de que meninos com maturidade adiantada necessitam de mais energia para o crescimento e têm menor quantidade de energia excedente, fazendo com que o tecido adiposo se apresente menor. A presença de obesidade em adultos foi associada a aumento da idade, estabilidade conjugal, não-fumantes, histórico familiar, inatividade física e algum problema de saúde, independentemente do sexo. Já os idosos possuem uma maior quantidade de gordura corporal total e de adiposidade visceral, o que lhes propicia a doenças metabólicas e cardiovasculares. CONCLUSÕES Não há um perfil que delimite a obesidade nas diversas fases de vida. Mas pode-se afirmar que houve uma mudança no panorama nutricional da população brasileira (período de transição nutricional), a qual se caracteriza pela diminuição da desnutrição energético-protéica e pelo aumento da obesidade, como os distúrbios nutricionais mais prevalentes, e acompanha uma tendência mundial.