INTRODUÇÃO Nas mais distintas sociedades, o indivíduo que comete um delito é passível de punição, sendo a privação de liberdade a forma mais severa de punição aplicada nos países ocidentais, dentre eles o Brasil. Entretanto, ressalta-se que a legislação brasileira assegura a todo cidadão, inclusive aos presidiários, a assistência a saúde. Por este motivo, cabe aos profissionais de saúde, com ênfase nos enfermeiros, prestar cuidados a população penitenciária baseada em princípios éticos, em conhecimentos científicos e humanizados. OBJETIVO Objetivou-se compreender o cuidar de presidiários sob a ótica de acadêmicos de enfermagem. METODOLOGIA Pesquisa exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, realizada com 11 acadêmicos de enfermagem, entre os meses de junho a julho de 2013. Para coleta de dados utilizou-se uma entrevista semi-estruturada. Conduziu-se a análise das falas sob a ótica da Análise de Conteúdo proposta por Bardin. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual da Paraíba. Das falas surgiram quatro categorias: cuidado Integral; cuidado, saúde e cidadania; prestação de cuidados aos presidiários e deficiência na formação acadêmica. CONCLUSÃO Conclui-se que o cuidar é compreendido como assistência integral e caridade. Para os participantes do estudo, os profissionais de enfermagem devem prestar cuidados aos presidiários. Entretanto, os estigmas sociais, o medo, a carência na formação acadêmica que abordem saúde penitenciária e o ambiente insalubre que compõem os presídios se constituem nas principais dificuldades na prestação de tais cuidados a população carcerária. Sugere-se que tal temática seja acrescentada como componente curricular da graduação em enfermagem, a fim de favorecer o desenvolvimento de competências nos futuros profissionais de enfermagem, no tocante a atuar com a população presa.