Introdução: A enfermagem tem em seu ambiente de trabalho, situações consideravelmente estressantes¹, dessa forma o enfermeiro necessita da mobilização de recursos naturais, com fins de administração de situações estressoras². O Coping vem sido traduzido como “enfrentamento” e seu conceito se centraliza nos acontecimentos que se sucedem ao longo da vida das pessoas, referem-se a perdas, dificuldades, fatos inesperados, tragédias que os indivíduos precisam enfrentar ajustando-se ao seu impacto². Objetivo: Identificar os mecanismos de coping utilizados pelos enfermeiros de um Hospital Universitário de Vitória E.S. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório. Utilizou-se a abordagem qualitativa, tendo como sujeitos dezessete (17) enfermeiros do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Os dados foram coletados através e um roteiro semi estruturado e entrevista contendo questões envolvendo a percepção do sujeito acerca do estresse e sua estratégia de enfrentamento. Para análise dos dados foi empregado a análise temática, sendo os resultados tratados, codificados e em seguida categorizados. A pesquisa foi aprovada no Comitê de Ética em Pesquisa do CIAS recebendo o nº 339/2011. Resultados: Dentre os discursos, o mecanismo de coping que obteve maior destaque foi o Lazer, seguido da Atividade Física e da Resiliência. Tais estratégias são consideradas efetivas, pois auxiliam o sujeito a superar as situações estressoras. No entanto, houve relato de Fuga da situação estressora, uma estratégia não efetiva, que pode ocasionar um agravamento na situação de estresse devido à contínua mobilização do organismo na busca de adaptação ao estressor, e também, percebeu-se que há resistência no Tratamento Psicológico, estratégia que deveria ser mais empregada, principalmente devido ao acesso a informações que o profissional da saúde tem, e, no entanto, apenas um participante a citou. Conclusão: Mediante este estudo identificamos que a maioria dos sujeitos adotaram estratégias de coping eficazes, entretanto devido à subjetividade dos sujeitos, torna-se difícil ter a certeza que as alternativas adotadas estão sendo efetivas. É importante uma maior conscientização por parte da administração hospitalar e dos próprios enfermeiros, sobre as estratégias adotadas para superar o estresse, pois somente quando os profissionais estiverem preparados técnico e emocionalmente, poderá ser alcançado a humanização na área de saúde.